Caracterização de Discrete typing units (DTUS) utilizando proteômica e ferramentas de bioinformática.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Oliveira, Gilberto Santos de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42135/tde-06062018-154849/
Resumo: Descoberto e caracterizado em 1909 por Carlos Chagas, o Trypanosoma cruzi é o agente etiológico da Doença de Chagas. Durante a fase crônica da doença de Chagas, onde a parasitemia é baixa, o diagnóstico se baseia na busca de anticorpos contra os antígenos de T. cruzi no sangue. Para aumentar a certeza do resultado recomenda-se o uso de pelo menos dois métodos sorológicos (geralmente ensaio ELISA, Imunofluorescência Indireta ou Hemaglutinação Indireta) para a confirmação de diagnóstico. Embora os ensaios mencionados sejam de uso amplamente difundido, nenhum deles possui suficiente especificidade para definir o diagnóstico isoladamente, especialmente em pacientes provenientes de regiões onde há sobreposição geográfica com outros parasitos, especialmente do gênero Leishmania ou T. rangeli. Uma alternativa de interesse que foi levantada por alguns autores na década de oitenta é a busca de moléculas de interesse diagnóstico (anticorpos, antígenos ou imunocomplexos) na urina de pacientes. Durante os últimos anos técnicas de proteômica têm sido aplicadas a muitos campos da medicina. Uma das aplicações é na nefrologia para o melhor entendimento da fisiologia renal, explorar a complexidade de mecanismos de doenças e para identificar novos biomarcadores. Além do mais, a maioria das proteínas na urina são glicosiladas e suas propriedades são únicas fazendo delas uma importante fonte de biomarcadores. De maneira geral, percebe-se que apesar dos avanços significativos nos métodos de diagnósticos para a detecção da infecção por T. cruzi, há algumas lacunas que ainda precisam ser preenchidas. O fato de que a sorologia convencional para busca de anticorpos IgGs manter-se-á positiva ao longo da vida do paciente, mesmo após tratamento devido a persistência da resposta imune humoral, é uma limitação, já que não permite ter um critério confiável de cura. Por outro lado, a falta de um sistema rápido e confiável para acompanhar a evolução do tratamento, gera sérias limitações para avaliar o desempenho de novos protocolos de tratamento com fármacos já existentes ou de novos fármacos. Em função dessas limitações, propõe-se desenvolver e validar novos métodos de diagnóstico baseado em espectrometria de massas para a detecção da infecção pelo T. cruzi utilizando a urina como fonte de biomarcadores.