Efeitos da atividade física sobre a plasticidade neural no sistema nociceptivo: integrando sinalização celular, mecanismos de dor neuropática e valor terapêutico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Almeida, Cayo Antônio Soares de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Dor
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17134/tde-11122024-171246/
Resumo: Embora os benefícios do exercício físico sobre a saúde sejam reconhecidos há séculos, somente na última década os mecanismos neurobiológicos relacionados à atividade física foram, sistematicamente, investigados. Estudos clínicos e experimentais têm evidenciado que o treinamento físico melhora não somente a memória e aprendizado, mas também desempenha papel crucial na recuperação funcional do sistema sensorial em condições de dor crônica. Investigamos se o exercício, um método não farmacológico e não invasivo, pode ser eficaz no tratamento para a dor neuropática. O protocolo experimental consistiu em sessões de natação aplicadas a animais com lesão parcial do nervo isquiático e não lesionados. Os camundongos foram operados e ficaram em observação se recuperando por sete dias. Logo foram submetidos à natação por cinco semanas com destreino de quatro semanas. Os dias de eutanásia variaram de acordo com os grupos previamente estabelecidos, sendo no 7º, 14º, 42º, 56º e 70º dia. Avaliamos a morfologia cardíaca, associando à expressão da proteína Citrato Sintase e expressão de RNAm de PGC1α no músculo Soleus para inferir a intensidade do exercício físico, sendo os dois últimos estatisticamente significativos para animais treinados em relação aos não treinados. Avaliou-se o peso corporal nos diferentes grupos com lesão parcial e com lesão fictícia (Sham), havendo diferenças estatísticas entre aqueles lesionados e não lesionados, e também sedentários. Os animais foram avaliados semanalmente com dois testes comportamentais para determinar a sensibilidade somática de alodínia mecânica e hiperalgesia térmica, confirmando a sensibilidade naqueles lesionados e sua recuperação após o treino. Os resultados mostraram que a lesão promove aumento nos níveis de BDNF no gânglio da raiz dorsal, e também a fosforilação de PLCγ-1 e CREB na medula espinal retornando a valores basais quando os animais são treinados. Contudo, a terapia a partir do exercício aeróbico é um método fisiológico de tratamento, se contrapondo aos métodos farmacológicos com seus efeitos colaterais, adversos ou mesmo invasivos.