Efeito do ambiente e do sexo sobre o comportamento de bezerros holandeses em confinamento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1991
Autor(a) principal: Marin, Patrícia Claúdia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-20231122-100731/
Resumo: Bezerros holandeses de 5 a 9 meses de idade foram confinados em baias individuais e coletivas, e seu comportamento foi observado semanalmente, de março até abril, num total de 8 semanas. O experimento foi conduzido junto ao Departamento de Zootecnia da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Piracicaba, utilizando 16 animais, sendo 8 machos e 8 fêmeas; 4 machos e 4 fêmeas ficaram em baias individuais e os restantes em baias coletivas, formando uma baia com machos e outra com fêmeas. Os animais eram observados por 24 horas consecutivas. A coleta de dados foi feita de minuto a minuto para estudar o comportamento de ingestão, ruminação e outras atividades, e continuamente para caracterização das excreções. Os animais consumiam feno de capim-de-rhodes, à vontade. Uma vez ao dia, após a limpeza das baias, recebiam também uma ração de concentrado composta de milho moído, farelo de arroz e concentrado proteico. Durante a limpeza das baias os animais eram soltos em piquetes, machos e fêmeas separados, para exercício e exposição ao sol. Os animais foram pesados no início e no fim do experimento pala determinação do ganho de peso. Em média, os animais gastaram 7,14 h/dia em alimentação. 6,7h/dia em ruminação e 7,23h/dia em descanso, sendo estas as principais atividades, perfazendo, no total 88% do dia. As fêmeas gastaram mais tempo em alimentação nas baias coletivas, ao passo que com os machos ocorreu o inverso. O tempo de ruminação não foi afetado nem pelo tipo de baia nem pelo sexo, e pelo tempo despendido nesta atividade, os animais já tinham comportamento típico de ruminante. O tempo de descanso dos machos foi igual nos dois tipos de baia, mas as fêmeas descansaram por mais tempo em baias individuais. Beber água despendeu uma média de 15,93 min/dia e a de lamber sal, 5,5 mi n/dia, não sendo influenciadas nem pelo tipo de baia nem pelo sexo. O tempo gasto parado em pé teve uma média de 1,27 h/dia. Os machos passaram mais tempo em pé, parados, nas baias coletivas, enquanto que as fêmeas gastaram o mesmo tempo nesta atividade nos dois tipos de baia. O tempo gasto em outras atividades, incluindo as atividades sociais, foi maior em baias coletivas, onde as fêmeas gastaram mais tempo nestas atividades que os machos. Nas baias individuais ocorreu o contrário. Os machos tiveram o mesmo ganho de peso nos dois tipos de baias, ao passo que as fêmeas ganharam mais peso em baias individuais, indicando que o tempo gasto em alimentação não reflete diretamente o consumo de alimento. A atividade de beber água foi influenciada pelos fatores climáticos: dias mais quentes corresponderam a maiores tempos gastos bebendo água. O tempo parado em pé aumentou ao longo do experimento, sugerindo aparecimento de estresse. As outras atividades variaram ao longo do tempo devido a ocorrência de doenças e alteração do manejo. A análise da variação do comportamento no tempo revelou a interdependência nas atividades e é útil no diagnóstico de doenças.