Avaliação da função endotelial após o implante de stents com revestimento cerâmico e baixas doses de sirolimus: estudo prospectivo, duplo-cego e randomizado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Almeida, Breno Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/98/98131/tde-11062013-085036/
Resumo: A disfunção endotelial é uma das possíveis causas relacionadas à taxa mais elevada de trombose após o implante da primeira geração de stents farmacológicos. Se a presença do polímero durável ou elevada dose de fármacos antiproliferativos, ou ambos, são responsáveis por este fenômeno não está definido. O Estudo VESTASYNC II comparou um novo stent farmacológico, com superfície revestida por uma camada porosa de hidroxiapatita e impregnado com baixa dose de sirolimus. (55?g - stent VestaSync®) com seu equivalente não farmacológico (Stent VestaCor® ). O Vestasync II é um estudo prospectivo, randomizado (2:1) e duplo-cego, que incluiu pacientes com lesões de novo em artérias nativas com extensão menor que 14mm, com diâmetro entre 3,0 e 3,5mm. Um subgrupo composto por 20 pacientes (10 em cada grupo) submeteu-se à avaliação da função endotelial, no seguimento angiográfico de oito meses. O objetivo primário foi a comparação da vasomotricidade após o implante de stents com a mesma plataforma, com e sem eluição de sirolimus, a fim de determinar o real impacto de baixa dose do sirolimus na função endotelial. O desfecho de eficácia foi a perda luminal tardia e o porcentual de obstrução intra-stent. A avaliação da função endothelial foi realizada através da estimulação atrial com marcapasso (20ppm acima da frequência cardiaca basal até alcançar 150ppm) e o diâmetro luminal foi mensurado nas extremidades proximal e distal do stent e em um segmento controle, em estágios diferentes (repouso, sucessivas fases do estímulo e após a infusão intracoronária de nitroglicerina). A eficácia deste novo dispositivo foi confirmada por angiografia coronária quantitativa (perda luminal tardia VestaSync = 0,39 mm vs. 0,78 mm, p=0,005) e ultrassom intravascular (% obstrução VestaSync 9,3% vs. 17,6%, p= 0,005). Houve variação negativa no diâmetro luminal, entre o repouso e o estímulo máximo, nas bordas proximal (10%) e distal (8%). Entre os segmentos controles esta variação não alcançou 3%. A eluição de dose baixa do sirolimus não parece interferir na função endotelial, oito meses após o implante do stent sem polímero revestido com hidroxiapatita.