Clima de segurança do paciente segundo profissionais de saúde atuantes em um hospital terciário

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Carvalho, Patricia Verissimo Silvério de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/61/61132/tde-04102024-133451/
Resumo: Objetivo: avaliar a percepção do clima de segurança do paciente por profissionais de saúde atuantes em um hospital terciário. Método: estudo descritivo e transversal, desenvolvido em um hospital público e terciário, especializado no atendimento de pacientes com anomalias craniofaciais e síndromes relacionadas, localizado no interior de São Paulo, Brasil. Foram incluídos: enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, médicos clínicos e cirurgiões, fonoaudiólogos, nutricionistas, terapeuta ocupacional, fisioterapeutas, assistentes sociais, farmacêuticos e técnicos de farmácia, biólogos, psicólogos, técnicos de imagem, cirurgiões dentistas, dentistas e auxiliares odontológicos, atuantes na Instituição por mais de seis meses. Foram excluídos os ausentes no período da coleta de dados, independente do motivo, os que não responderem ao questionário após três abordagens, ou que devolveram questionários incompletos. A coleta de dados foi realizada entre julho e setembro de 2022, por meio da aplicação do Safety Attitudes Questionnaire (SAQ). Na análise estatística, para avaliar a correlação entre o clima de segurança do paciente e as variáveis quantitativas (idade, tempo de formação e tempo de atuação), utilizou-se o Teste Correlação de Spearman, com nível de significância de 5% (p 0,05). A análise das forças de correlação linear também foi utilizada. Resultados: participaram 236 profissionais, sendo a maioria pertencente à equipe de enfermagem (n=87; 36,86%). Prevaleceram as mulheres (n=182; 77,12%), com vínculo empregatício único (n=182, 77,12%), média de idade de 44 anos (DP=12,9), tempo de formação de 21 anos (DP=14) e de atuação de 15,6 anos (DP=12,3). O escore geral referente ao clima de segurança do paciente foi de 72,08 (DP=10,79), ou seja, a percepção foi negativa. A análise por meio dos domínios referentes à percepção do clima de segurança mostrou que somente dois indicaram escores positivos: satisfação no trabalho (média de 91,24) e clima de trabalho em equipe (média de 77,43%). Em contrapartida, a percepção da gerência, seguida da percepção do estresse, obtiveram os menores escores (60,14 e 65,46 respectivamente). Receber o apoio necessário para cuidar dos pacientes, se destacou entre os motivos que influenciaram positivamente o clima de trabalho em equipe (85,50 pontos), enquanto o fato de orgulhar-se em trabalhar na instituição influenciou a satisfação no trabalho (96,90 pontos). Em contraposição, o quantitativo inadequado de profissionais influenciou negativamente a percepção da gerência (56,8 pontos). Por fim, evidenciaram-se apenas correlações fracas entre o clima de segurança do paciente com as variáveis: idade, tempo de atuação e de formação. Conclusão: embora próximo aos valores que refletem uma percepção positiva, a avaliação do clima de segurança foi negativa. A mensuração do clima de segurança, bem como a maneira como os profissionais pensam e priorizam sua abordagem, forneceu informações valiosas para planejar e implementar estratégias de melhoria voltadas para as reais demandas.