Simulador de realidade virtual versus caixa-preta no ensino de procedimentos minimamente invasivos: revisão sistemática e metanálise

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Guedes, Hugo Gonçalo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5132/tde-08052019-091730/
Resumo: Introdução: a proficiência técnica é fundamental para o treinamento cirúrgico. Em virtude da complexidade crescente das cirurgias minimamente invasivas (CMI), o treinamento apenas em campo cirúrgico é insuficiente e impraticável. Os simuladores de realidade são comprovadamente uma ponte fundamental para esse aprendizado e para aplicação dessas técnicas em campo cirúrgico. Objetivo: avaliar a efetividade do simulador de realidade virtual comparado com a caixa-preta para o aprendizado dos participantes em técnicas minimamente invasivas. Métodos: foi realizada uma revisão sistemática da literatura nas bases CENTRAL, MEDLINE, EMBASE, Scopus, CINAHL, LILACS e literatura cinzenta. Os desfechos primários avaliados foram o tempo necessário para realizar uma cirurgia minimamente invasiva e o escore de desempenho ao realizar uma cirurgia minimamente invasiva. Após selecionados, os artigos foram submetidos a uma avaliação da qualidade metodológica e do risco de vieses dos estudos incluídos. Adicionalmente, foram extraídos os dados demográficos e contínuos possíveis para realização da metanálise. Os resultados encontrados foram submetidos à avaliação da qualidade da evidência. Resultados: 20 ensaios clínicos randomizados foram incluídos na análise qualitativa e 14 foram usados na metanálise. Ao todo, 350 participantes foram randomizados para os simuladores de realidade virtual (SRV) e 345, para a caixa-preta (CP). A maioria dos estudos treinou por 10 ou mais sessões cada habilidade. Somente na execução da tarefa de transferência de pinos, o treinamento com SRV foi mais eficiente que com CP (p < 0,00001; IC95%: -35,08 a - 25,01). Em análise descritiva, quanto ao escore de desempenho na realização de uma CMI, houve superioridade do grupo SRV em relação ao grupo CP. Não houve diferença estatística na metanálise quanto ao tempo para realizar uma cirurgia, tempo para execução e pontuação em escalas de desempenho de outras tarefas básicas ou avançadas. Conclusões: na pontuação em escores de desempenho ao realizar uma CMI e na execução da tarefa básica de transferência de pinos, o treinamento com SRV é melhor que o treinamento com CP. Nos demais desfechos, independentemente do nível de experiência do aluno ou do tipo de atividade treinada, as duas formas de treinamento são equivalentes