Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Santos, Marcia Maria Brandão |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-11112010-162911/
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Resumo: |
Este trabalho tem por objetivo analisar e compreender como as dinâmicas escolares elaboradas, gerenciadas e construídas pelas equipes escolares de duas escolas públicas, situadas em um município da região metropolitana de São Paulo (zona oeste), determinam a eficácia escolar no que diz respeito à produção e à concretização da aprendizagem dos seus alunos. A pesquisa partiu do pressuposto de que mudanças efetivas da escola só acontecem se forem construídas a partir do interior da escola e com o envolvimento e a participação dos profissionais inseridos nesse processo. Dessa perspectiva, propôs-se a analisar como os profissionais dessas escolas (diretores e professoras das 4as séries do ciclo I do ensino fundamental) vivenciam a construção do processo formativoeducativo, visando à eficácia e à efetividade escolar. Com base nos resultados da Prova Brasil (cuja avaliação serviu apenas como referência inicial para o trabalho empírico), foram escolhidas duas escolas dentre as que apresentaram aumento dos índices de desempenho na prova de 2007, comparada com a de 2005. As análises iniciais levaram a perceber que as escolas buscavam construir ações que corroborassem os resultados dos testes, e isso se refletia nos bons resultados alcançados tanto nas avaliações externas como nas internas. Buscou-se, então, identificar como os diretores e as professoras das 4as séries do ensino fundamental dessas escolas se organizam para manter as condições que resultam em índices satisfatórios de aprendizagem escolar, focalizando a compreensão que eles têm a respeito desse processo. Os dados obtidos por meio de entrevistas confirmam a presença dos fatores que a literatura aponta como determinantes da eficácia escolar, todavia, com grande ênfase sobre as relações escola-família. Em face disso, privilegiou-se esse aspecto nas análises. Ficou evidenciado que as escolas estudadas desenvolvem diferentes práticas e estratégias para estreitar seus vínculos com as famílias com vistas a obter um melhor aprendizado dos alunos. Contudo, os diretores e as professoras entrevistados entendem que a maior responsabilidade pelo não sucesso escolar dos alunos deve-se à família, sobretudo, ao seu nível socioeconômico e à não participação dos pais na vida escolar dos filhos. Seus discursos revelam traços de ideologias que disseminam concepções hegemônicas, normativas e idealizadas da família, levando-os a entender que a desestrutura familiar é o mais forte determinante do fracasso escolar dos alunos. Esses dados não são conclusivos, mas indicativos dos modos como a escola tem traduzido e operacionalizado as propostas atuais que pressionam/estimulam os sistemas de ensino a estabelecerem vínculos mais fortes e efetivos com a família. Espera-se que tais elementos favoreçam uma compreensão maior do processo de construção da eficácia escolar e subsidiem a atuação das equipes escolares a desenvolverem, de modo crítico, ações de maior protagonismo por parte dos diferentes segmentos que almejam transformar a instituição escolar hoje. |