Rubricas do cotidiano: transformações urbanas e sociabilidades burguesas nas crônicas do O Estado de S. Paulo (década de 1920)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Andrade, Ana Luiza Mello Santiago de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-24092019-152227/
Resumo: Esta tese tem como objetivo investigar a modificação dos códigos de civilidade, das formas de agir e consumir em uma cidade em transformação. Entendendo a cidade de São Paulo durante a década de 1920 como um espaço privilegiado para observação da modernidade como experiência física e mental (BERMAN, 2007), utilizou-se da mídia impressa, em especial das crônicas intituladas Coisas da Cidade, publicadas no jornal O Estado de S. Paulo, como documentos importantes para perceber a promoção de novos hábitos burgueses e padrões higiênicos para os locais de sociabilidades no espaço urbano, notadamente os destinados ao comer e ao beber, transformados em lugares de lazer e entretenimento. Para pinçar tais práticas intenta-se caminhar pela História do Cotidiano (CERTEAU, 2008). A descoberta da autoria das crônicas, assinadas por P., foi efetivada através de um trabalho de investigação aos moldes do que propõe Carlo Guinzburg com os paradigmas indiciários (1989). Plínio Barreto - o autor - caminhava, observava e atuava sobre a cidade, e pode ser entendido como um flâneur (BENJAMIN, 1994) e como um intelectual-mediador (GOMES; HANSEN,2016). Assim, mediou a relação do público leitor, promovendo debates com os poderes públicos, prestadores de serviços e cidadãos, fazendo do seu espaço no jornal um meio de promoção e divulgação das formas de se portar na cidade que se anunciava como metrópole.