Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Esteves, Michelly Rodrigues |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-23112015-191235/
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Resumo: |
No Brasil, os adolescentes estão entre os grupos populacionais mais vitimados pela violência. Os locais de maior ocorrência de violências são a rua e o domicílio; a escola ocupa o terceiro lugar. Este estudo se justificou não apenas pela relevância de se avançar na temática da violência no contexto escolar, mas de forma fundamental pela intenção de se discutir com os adolescentes a complexidade da violência nesse contexto, os diferentes fatores a ela relacionados e suas influências nas interações entre os membros da comunidade escolar. Teve o objetivo de compreender o fenômeno da violência no contexto escolar a partir da óptica de alunos do ensino médio. O referencial teórico adotado foi o Paradigma da Complexidade segundo Edgar Morin, sendo apresentados os seus principais conceitos, com destaque para os princípios recursivo, dialógico e hologramático. O método adotado foi o Paradigma da Complexidade, a partir de uma abordagem qualitativa. O campo de estudo foi uma escola urbana pública da rede de ensino médio de Alfenas, que se localiza no Sul do Estado de Minas Gerais. Os sujeitos foram alunos de 15 a 18 anos da referida escola. A construção dos dados ocorreu por meio de 11 entrevistas abertas e individuais; dois grupos focais, seguidos por diálogos com as 11 turmas regulares do ensino médio; observação participante e constantes anotações no diário de campo. Todos os aspectos éticos para as pesquisas com seres humanos foram atendidos. A análise dos dados ocorreu por meio do Paradigma da Complexidade com o propósito de se avançar mais na compreensão, caminhando além dos conteúdos de textos na direção de seus contextos. A primeira categoria, Tudo começa com a intolerância, trouxe a incompreensão, a falta de aceitação das diferenças que se transformam em violência verbal, física, psicológica e que envolvem, além dos alunos, a direção, os professores e os demais funcionários da escola. A segunda categoria, Para falar de escola, é necessário falar de rua, mostrou que a rua assume diferentes sentidos, dependendo de quem a observa, de quem passa por ela. A rua pode conduzir a diversos caminhos e um deles é a escola. A violência que se expressa na rua muitas vezes é remontada na escola. Na terceira categoria, Tem cinco minutos para o cigarro, mas não tem cinco minutos para o filho, foi discutida a família, as inúmeras transformações ocorridas nessa instituição com o passar do tempo e os conflitos existentes entre a família e a escola. A quarta categoria, Violência envolvendo a escola? Passa por tudo isso de que a gente falou, trouxe um olhar complexo sobre os dados anteriormente apresentados, buscando evidenciar as partes no todo e o todo nas partes, reforçando os pensamentos pertencentes à Complexidade de Morin, bem como os princípios dialógico, recursivo e hologramático. A violência no contexto escolar não pode ser analisada a partir de um único ponto de vista, existe uma multiplicidade de fatores relacionados a essa temática. As suas manifestações devem ser reconhecidas, deve ser estabelecida a sua articulação com o todo e a sua contextualização sócia histórica |