Avaliação cintilográfica da vascularização e drenagem linfática das glândulas mamárias de cadelas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Pereira, Camila Trevisan
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10132/tde-26062006-161744/
Resumo: A identificação e biópsia do primeiro linfonodo a receber a linfa de uma formação neoplásica, ou seja, do linfonodo sentinela, fornecem informações essenciais para o tratamento e prognóstico de pacientes humanos acometidos por neoplasia. Entretanto, em Medicina Veterinária existem poucos estudos sobre a drenagem linfática dos órgãos e o conceito de linfonodo sentinela ainda não é amplamente aplicado ao tratamento oncológico dos animais. Desta forma, nosso objetivo no presente estudo foi estabelecer um protocolo de aquisição cintilográfica linfática, ou linfocintilográfica, capaz de fornecer informações funcionais e topológicas da drenagem linfática mamária, pois, em cadelas, as glândulas mamárias ainda são uns dos principais órgãos acometidos por neoplasias. Neste estudo, a linfocintilografia foi utilizada para caracterização topológica e funcional in vivo da drenagem linfática de glândulas mamárias sadias de 30 fêmeas da espécie canina (Canis familiares), sem raça definida e peso aproximado de 10 Kg. O radiofármaco [99mTc]-dextran70 foi administrado por via intraparenquimatosa mamária em quatro pontos ao redor da papila (0,1 ml cada), na dose de 18,5 MBq. As imagens foram obtidas em duas seqüências de projeções laterais e ventrais, sendo uma logo após a administração do [99m</SUP Tc]-dextran70 e a outra após uma hora. O radiofármaco administrado nas glândulas mamárias torácicas craniais foi drenado pelos linfocentros torácico ventral e axilar, sendo que em duas destas 5 glândulas (40%) o radiofármaco também foi para o linfocentro cervical superficial. Este resultado foi semelhante para as glândulas torácicas caudais, entretanto, em nenhuma das linfocintilografias destas glândulas o linfocentro cervical superficial foi identificado. A drenagem das glândulas abdominais craniais foi realizada exclusivamente pelo linfocentro axilar. Os linfocentros inguinais superficial e profundo drenaram as glândulas abdominais caudais e inguinais, porém, uma das glândulas abdominais caudais foi drenada também pelo linfocentro cervical superficial e outra pelo linfocentro mediastínico. A técnica linfocintilográfica utilizada possibilitou a identificação de comunicações linfáticas entre os linfonodos axilares próprio e acessório, entre o axilar próprio e o cervical superficial e entre os linfonodos inguinais superficial e profundo. O número de linfocentros e linfonodos, a taxa de drenagem dos linfocentros e seu funcionamento variaram entre as glândulas mamárias e entre os animais. Em conclusão, o protocolo de aquisição linfocintilográfica adotado foi simples, rápido e eficaz para a caracterização da drenagem linfática mamária. As informações topológicas e funcionais obtidas neste estudo poderão ser aplicadas nos procedimentos investigativos como a ultra-sonografia e a biópsia dos linfonodos mamários em pacientes acometidos por neoplasias mamárias, uma vez que os vasos linfáticos representam vias de disseminação para células neoplásicas.