Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Britto-Costa, Letícia Fernandes de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8142/tde-08032017-140736/
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Resumo: |
A presente dissertação tem por proposta investigar a construção da identidade infantil a partir do discurso de adultos e crianças que se apresenta na mídia impressa em revistas voltadas para o público infantil, publicadas na década de 1930, no Brasil e na Alemanha. Busca-se observar como se caracteriza esse discurso e quais argumentos foram imprescindíveis para a construção de tal identidade em dois regimes nacionalistas concomitantes - o início da Era Vargas, no Brasil, e do Nazismo, na Alemanha. Os corpora constituem-se da revista \"O Tico-Tico\", publicada no Rio de Janeiro; e dos textos do jornal Hilf mit!\" Illustrierte deutsche Schülerzeitung\", publicado em Berlim. Esses periódicos eram distribuídos nas maiores metrópoles de seus respectivos países e, por isso, se apresentam como bastante significativos quanto à representação da imagem da criança nessas grandes cidades e em culturas distintas. Visando observar tal questão, selecionamos como embasamento teórico os estudos de Wolf (1999) e Lopes (2005) no que se refere às pesquisas em Comunicação; os preceitos de Perelman e Olbrechts-Tyteca (1996 [1958]) e Klein (1980) a respeito de valores argumentativos e validades coletivas; a definição de Ideologia proposta por van Dijk (2000); os conceitos de Discurso Autoritário e Discurso Interiormente Persuasivo, proposto por Bakhtin (2015 [1930]); bem como pesquisas da área de Identidade no Discurso, como de Jungwirth (2007), Moita Lopes (2002) e seus seguidores. Após traçarmos o contexto histórico, político e comunicacional que circundam os periódicos, os textos foram analisados, com luz às teorias da Argumentação, buscando-se observar as estratégias discursivas e, sobretudo, os valores argumentativos e as validades coletivas difundidos nos discursos a partir da seleção lexical; os resultados obtidos na pesquisa nos permitiram observar questões voltadas às ideologias e às identidades construídas nesses textos. As análises apontaram para uma maior autonomia discursiva, ideológica e identitária nos textos de autoria atribuída às crianças na revista brasileira em relação à revista alemã, apesar de tal autonomia não se apresentar como algo absoluto em relação a alguns valores sociais. |