Terapia endoscópica a vácuo versus stents metálicos autoexpansíveis para o tratamento de defeitos transmurais do trato digestivo superior: revisão sistemática e metanálise

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Monte Junior, Epifanio Silvino do
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-03102022-134757/
Resumo: Introdução: os defeitos transmurais do trato gastrointestinal alto são um desafio terapêutico em todo o mundo. Fístulas, deiscências e perfurações representam um alto custo para os sistemas de saúde e determinam grande morbidade e mortalidade para os pacientes acometidos. O tratamento endoscópico mais difundido no mundo até então se dá pelo uso de próteses metálicas autoexpansíveis (PMAE). Todavia, apesar de validado, este tratamento apresenta complicações, tais como migração. Estudos recentes apontam bons resultados do uso de terapia endoscópica a vácuo (TEV) no tratamento de defeitos transmurais do trato digestivo superior. Objetivo: comparar, por meio de uma revisão sistemática com metanálise, os stents metálicos autoexpansíveis com a terapia endoscópica a vácuo no tratamento dos defeitos transmurais do trato digestivo superior com base no índice de fechamento dos defeitos transmurais, mortalidade, duração do tratamento, duração da internação hospitalar e eventos adversos. Métodos: buscas foram realizadas no MEDLINE, EMBASE, Central Cochrane, Latin American and Caribbean Health (LILACS) e literatura cinzenta, bem como busca manual para identificar estudos comparando stents metálicos autoexpansíveis e terapia endoscópica a vácuo. Os dados provenientes dos estudos selecionados foram metanalizados de acordo com as normativas do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA). Resultados: a busca final resultou em um total de 11.455 estudos, dentre os quais foram selecionados seis trabalhos, perfazendo um total de 301 pacientes incluídos na análise. A terapia endoscópica a vácuo demonstrou-se superior em relação à sucesso no fechamento do defeito transmural (DR 0,24 [0,13, 0,34], p < 0,0001, I² = 39%), mortalidade (DR 0,10 [0,02, 0,18], p = 0,02, I² = 31%), duração do tratamento endoscópico (MD - 14,97 [-20,52, -9,43], p < 0,00001, I² = 0%) e efeitos adversos (DR 0,25 [0,03, 0,47], p = 0,02, I² = 87%). Não houve significância estatística em relação à duração da internação hospitalar. Conclusão: a terapia endoscópica a vácuo é superior às próteses metálicas autoexpansíveis no tratamento dos defeitos transmurais do trato digestivo superior alto com relação a taxa de sucesso no fechamento do defeito transmural, mortalidade, duração do tratamento endoscópico e eventos adversos