Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Prates, Mirela Cristina Moreira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17151/tde-20052019-143500/
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Resumo: |
Rinossinusite crônica (RSC), com ou sem pólipo nasal é uma inflamação crônica da mucosa nasal e seios paranasais, cujo tratamento muitas vezes pode ser a cirurgia. Vários vírus respiratórios são detectados em biópsias de pólipo nasal, concha média e mucosa do seio maxilar de pacientes com a doença, mas seu papel no desencadeamento dessa inflamação não é claro. O Objetivo do presente estudo teve como objetivo localizar e caracterizar in situ sítios de infecção por rinovírus (HRV), metapneumovírus (HMPV) e vírus sincicial respiratório (HRSV), detectar se há replicação dos mesmos, caracterizar as células, em tecidos de pólipo nasal, concha média e mucosa do seio maxilar removidas cirurgicamente de pacientes com rinossinusite crônica. Tecidos de 17 pacientes positivos por qPCR foram utilizados para identificar a localização e caracterização dos sítios de infecção, além de avaliar a atividade replicativa, onde proteínas de capsídeo viral foram detectadas por imunohistoquimica (IHQ). Para identificação das células infectadas pelos vírus estudados, foi realizada a técnica de SIMPLE. Os resultados revelaram positividade em 7 de 11 amostras positivas para HRV analisadas por PCR em tempo real, sendo encontrada a proteína viral em 5 amostras de pólipo nasal, uma amostras da mucosa do seio maxilar e uma em concha média. Cinco amostras tiveram seu genoma detectado no PCR em tempo real para HMPV, sendo que 3 delas tiveram marcação da proteína por IHQ, uma amostra positiva em cada tecido estudado. Em um total de 4 amostras, houve detecção da proteína F de HRSV em 3 delas, sendo 2 em pólipo nasal e uma concha média. Em todas as reações de IHQ foram incluídos controles positivos e negativos adequados. Depois da detecção das proteínas desses vírus respiratórios, as amostras tiveram seus fenótipos testados, células produtoras de muco e epiteliais ciliadas, mastócitos, células dendríticas, eosinófilos e linfócitos através da técnica SIMPLE. Foi demonstrado que há evidência de replicação de rinovírus, metapneumovírus e vírus sincicial respiratório no epitélio e no estroma tecidual de pólipo nasal, concha média e mucosa do seio maxilar. Foram detectadas células CD4+ e CD123+ infectadas por HRSV, evidenciadas pela marcação da proteína estrutural viral F. Adicionalmente, observamos células CD4+, CD14+ e CD20+, além de células residentes em glândulas produtoras de muco, infectadas com HRV utilizando anticorpo anti-VP1 viral. Para HMPV a infecção se limitou ao epitélio superficial dos tecidos e glândulas produtoras de muco. Esses dados revelam uma possível persistência de HRV, HRSV e HMPV em tecidos de pacientes com rinossinusite crônica, que podem assim serem reservatórios de vírus na ausência de sintomas de infecção aguda. |