Exigências térmicas e danos de Diatraea saccharalis (Fabricius, 1794) (Lepidoptera: Crambidae) em milho e base para seu controle com Trichogramma galloi Zucchi, 1988 (Hymenoptera: Trichogrammatidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Geremias, Leandro Delalibera
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-26082013-143612/
Resumo: A broca-da-cana, Diatraea saccharalis (Fabricius, 1794) (Lepidoptera: Crambidae) vem se constituindo, em uma importante praga do milho, com relatos de surtos populacionais em diversas partes do país. Devido ao aumento de sua importância, em milho, nos últimos anos, a presente pesquisa teve como objetivos: (a) determinar os limites térmicos e a temperatura ótima de desenvolvimento de D. saccharalis; (b) validar as constantes térmicas (K), para fase de ovo e período lagarta-pupa estimadas em laboratório, nas condições de campo, levando-se em consideração as condições microclimáticas; (c) avaliar os danos e consequente perda na produção de grãos provocadas pelo ataque de diferentes densidades larvais de D. saccharalis em dois estádios fenológicos de milho e (d) determinar o raio e área de dispersão de Trichogramma galloi Zucchi, 1988 (Hymenoptera: Trichogrammatidae) em milho visando ao controle de D. saccharalis. Os resultados obtidos mostram que o limiar térmico inferior de desenvolvimento (Tb) de D. saccharalis foi de14; 13 e 12°C para as fases de ovo, larva e pupa, respectivamente; as faixas de temperatura ótima de desenvolvimento (Topt), estimadas experimentalmente, foram de 30 a 32°C para as fases de ovo e larva e de 28 a 30°C para a fase de pupa; o limiar térmico superior (Tmáx) foi de 35,4ºC para a fase de larva, estimada pelo modelo de Logan-6 e que ficou dentro da faixa térmica determinada experimentalmente, que indicou também, para este parâmetro, a faixa térmica de 36 a 38ºC para a fase de ovo e de 32 a 34ºC para a fase de pupa. As previsões em campo de eclosão das lagartas e emergência dos adultos (período lagarta-pupa) podem ser feitas com as constantes térmicas (K) obtidas em laboratório [76,5 graus-dias (GD) para a fase de ovo e 476,2 GD para o período lagarta-pupa], desde que sejam utilizados os dados de temperatura obtidos com a estação meteorológica automática e dados de microclima, para a fase de ovo e período lagarta-pupa, respectivamente. Os danos e as perdas na produção provocado por D. saccharalis independem do estádio fenológico das plantas de milho, porém a redução na produção de grãos é proporcional ao número de lagartas por planta utilizadas nas infestações, sendo essas reduções de 11; 17; 28 e 39% para 50; 100; 150 e 200 lagartas por planta. O raio de dispersão de T. galloi foi de 11,8 e 12,1 m, sendo a área de dispersão de 176m2 e187m2, com as plantas de milho nos estádios v4-6 e v6-8, respectivamente.