Avaliação do transportador dopaminérgico em jogadores patológicos através de imagens de SPECT com TRODAT-1- 99mTc

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Guzzo, Renata Faro Guerra
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5142/tde-09012013-165536/
Resumo: Jogo patológico (JP) pode ser definido pela persistência e recorrência do comportamento de apostar em jogos de azar, apesar de prejuízos em diversas áreas da vida decorrentes dessa atividade. O JP é considerado um transtorno do controle de impulso e um modelo de dependência comportamental. Diferentes estudos têm comprovado o envolvimento de vias dopaminérgicas em dependências de substâncias e em jogadores patológicos. O transportador de doamina (DAT) é uma proteína présináptica de neurônios dopaminérgicos nigroestriatais, responsável pela recaptação da dopamina (DA) da fenda sináptica, e tem sido relatada alterações em sua densidade em dependentes de substâncias. O objetivo deste trabalho foi investigar em pacientes com jogo patológico, a densidade de DAT no estriado, através de imagens do exame de SPECT com TRODAT-1- 99mTc verificar por meio de estudo de correlação a associação entre comportamento de jogo (freqüência, tempo, dinheiro, gastos com jogo e fissura/craving) e a densidade DAT em jogadores patológicos. Foram selecionados 15 jogadores e 15 controles normais pareados para gênero, idade e escolaridade. Para inclusão ou exclusão de sujeitos foram utilizados instrumentos de verificação e principais Transtornos Psiquiátricos do Eixo 1 do DSM IV e escalas para depressão e ansiedade; para jogadores patológicos os instrumentos utilizados foram escalas para avaliação do padrão de jogo recente, para avaliação da fissura pelo jogo; para rastreamento de outras dependências comportamentais (sexo e comida). Observou-se que: 1) jogadores patológicos não apresentaram aumento de densidade DAT quando comparados a controles normais; 2) nos jogadores a densidade de DAT foi diretamente proporcional a intensidade de jogo no último mês e inversamente proporcional a auto-eficácia na abstinência do jogo. Não houve correlação significativa entre densidade de DAT e comportamentos de abuso relacionados com sexo ou comida. Desta forma, faz-se necessário estudos futuros para a avaliação da densidade de DAT no início e no fim do tratamento, a fim de verificar se a diminuição da densidade de DAT ao longo do tratamento pode ser utilizada como preditor de boa resposta e bom prognóstico em jogadores patológicos.