Resposta específica aos antígenos da vacina anti-HPV em homens infectados pelo HIV-1

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Fontes, Adriele Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
HIV
HPV
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/99/99131/tde-03082015-103315/
Resumo: Introdução: A infecção pelo Papiloma Virus Humano (HPV) vem sendo reportada como uma das doenças sexualmente transmissíveis com maior incidência na atualidade, porém a sua prevalência não é bem esclarecida em homens, principalmente devido a baixa presença de sintomas. Além disso, poucos estudos foram realizados nesta população até o momento para verificar a resposta imune pós-vacinação. As hipóteses testadas serão fundamentais para aprofundar o conhecimento da imunopatogênese, da resposta vacinal em pacientes infectados pelo HIV e colaborar no desenho e estratégias de vacinação anti-HPV na população infectada pelo HIV Objetivos: Analisar a resposta específica aos antígenos da vacina anti-HPV em homens infectados pelo HIV. Métodos: Um total de 24 pacientes infectados pelo HIV que preencheram os critérios de inclusão durante o período de coleta foram vacinados pela vacina anti-HPV bivalente em três doses nos períodos: zero, dois e seis meses. Os grupos foram divididos em: Grupo Controle (Cinco indivíduos sadios, com sorologia negativa para HIV); Grupo A (Nove pacientes com CD4 <500 celulas mm³); Grupo B (10 pacientes com CD4 >=500 celulas mm³). Foram realizados ELISA para a detecção de anticorpos Anti-HPV nos momentos pré e pós-vacinação nos grupos estudados; posteriormente realizamos nos mesmos o ensaio de cultura celular para detecção de citocinas (IFN?, IL17, TNF, IL6 e IL10) pela técnica de CBA . Resultados: Obtivemos soroconversão da primeira dose da vacina para o grupo A 55,6%, grupo B 30%, grupo controle 60%; na segunda dose obtivemos para o grupo A 88,8%, grupo B 80%, grupo controle 80%, e por final a terceira dose no grupo A 88,8%, grupo B 90%, grupo controle 100%. A citocina IL 6 (perfil TH2) demonstrou níveis mais elevados, comparados entre os grupos A, B e grupo controle (p<0.001). A partir da 3° dose da vacinação observamos baixos níveis de INF-? (perfil TH1) A e B (p<0.0006). O grupo controle apresentou produção de INF- ? quando comparado com grupos A e B (p<0.001). Conclusão: Os pacientes soropositivos e grupo controle foram respondedores a vacinação anti-HPV. Foi demonstrada uma elevada produção das citocinas entre os grupos sugerindo uma imunomodulação do grupo HIV+. Esse trabalho apresenta informações relevantes que estimulam a realização de novos estudos nessa população, avaliações de reações cruzada da vacina que pode resultar em proteção a outros tipos de HPV não presentes na vacina, além de analisar por mais tempo as titulações no soro desses pacientes. Os dados do nosso estudo podem corroborar para a vacinação nessa população, diminuindo assim o risco de uma infecção, mortalidade e morbidade das doenças causadas pelo HPV em homens.