Criatividade nas indústrias criativas: estudo de caso em uma organização do setor de tecnologia da informação e comunicação, com ênfase na educação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Oliveira, Stéfani Paranhos de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12142/tde-24112016-115311/
Resumo: Nos últimos anos, as indústrias criativas brasileiras impactaram positivamente o Produto Interno Bruto e o número de postos de trabalho. A criatividade, por sua vez, é insumo para a criação de produtos nas indústrias criativas, sendo essencial para criar uma diferenciação frente à concorrência. Diante disto, buscou-se responder ao seguinte problema de pesquisa: como uma organização promove a criatividade em seu ambiente de trabalho? Assim, o objetivo principal da presente dissertação foi entender como uma empresa pertencente a um dos segmentos das indústrias criativas promove criatividade em seu ambiente de trabalho. Foi realizada uma pesquisa exploratória pautada em um estudo de caso em uma empresa do setor de Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), especializada em soluções para educação à distância, a Quantica. Com esse propósito foram adotados métodos de observação não participante e de pesquisa qualitativa, com a realização de entrevistas em profundidade. Da análise emergiram diversos fatores principais que podem promover a criatividade, classificados nas categorias: \"pessoas\", \"liderança\", \"espaço físico\" e \"práticas de gestão\". No que tange às \"pessoas\", os fatores evidenciaram a atitude comportamental dos funcionários, indicando que uma empresa criativa deve contar com colaboradores dispostos a aprender, a realizar múltiplas atividades e a assumir riscos, além de serem proativos e interessados em diversos assuntos. No que se refere à \"liderança\", destacaram-se as atitudes tomadas pelos gestores na rotina corporativa como confiar na capacidade de execução dos colaboradores, respeitar as ideias divergentes e serem acessíveis, evitando barreiras hierárquicas entre eles e seus colaboradores. Em relação ao \"espaço físico\", foram destacados: a localização, o ambiente descontraído e os recursos materiais disponíveis. Por fim, no que tange às \"práticas de gestão\", emergiram a valorização do capital intelectual, comunicação interna, diversidade no perfil dos empregados, liberdade de ação, flexibilidade para execução das tarefas, aceitação das falhas cometidas pelos colaboradores, administração da pressão de tempo e metas, remuneração e benefícios. A partir dos resultados obtidos, propôs-se um modelo que leva em conta esses quatro fatores supracitados que, ao final, podem afetar a criatividade nos processos e que resultarão em soluções inovadoras disponibilizadas ao mercado. Os resultados obtidos deixam como contribuição ao mercado das indústrias criativas a percepção de que os fatores organizacionais podem ser trabalhados no sentido de estimular a criatividade e a inovação, haja vista a relevância dos governos em apoiar essas indústrias. A pesquisa contou também com um caso de empreendedorismo que explora a criatividade e o conhecimento humano para gerar um negócio bem-sucedido no contexto tecnológico. Como limitação da pesquisa, destaca-se que os resultados são restritos à empresa analisada, no entanto, podem ser úteis para futuros estudos no mesmo segmento ou em outros setores das indústrias criativas.