Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Penatti, Carolina Trebi |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17140/tde-21072016-105418/
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Resumo: |
Introdução: Neurocisticercose (NCC) é a doença parasitária do sistema nervoso central (SNC) mais freqüente no mundo, afetando mais de 50 milhões de pessoas. No entanto, alguns de seus achados clínicos, tais como comprometimento cognitivo, é um aspecto pouco estudado na literatura e ainda permanece mal caracterizado. Objetivos: Avaliar o desempenho cognitivo de pacientes portadores de NCC e comparar o desempenho deste grupo em testes de avaliação cognitiva com o desempenho de indivíduos saudáveis (GC) e de indivíduos com epilepsia criptogênica (GE). O estudo objetivou também relacionar os achados com o tipo morfológico, número, localização dos cisticercos e fase de desenvolvimento do parasita. Métodos: 32 pacientes (média de idade = 45,2 ± 10,2 anos) com diagnóstico de NCC, com ou sem tratamento específico e em ambas as fases de desenvolvimento do parasita (formas ativa e inativa) foram submetidos a uma avaliação cognitiva, constituída de dez testes (memória, habilidades visuoespaciais, cálculo, abstração, praxias e gnosias e o Mini Exame do Estado Mental - MEEM), sendo comparados a 32 GC e 24 GE emparelhados por idade, gênero e nível educacional. Resultados: Pacientes com NCC apresentam prejuízo cognitivo, em comparação aos controles saudáveis em tarefas de memória visual, memória lógica imediata e recente. Pacientes com NCC e aqueles do GC apresentaram um desempenho cognitivo superior, em comparação ao GE; nos testes que envolveram a atenção e a memória operacional e na praxia reflexiva. Não houve diferença estatisticamente significativa no desempenho cognitivo nos três grupos estudados nos testes cognitivos que avaliaram a praxia construcional e ideomotora, cálculo e capacidade de abstração e julgamento. Não foi encontrada correlação entre alterações nos testes cognitivos dos pacientes com NCC e número de lesões e a fase de desenvolvimento do parasita. Em relação ao tipo morfológico, foi observado que os indivíduos que apresentavam a forma racemosa obtiveram um desempenho inferior no teste do Mini Exame do estado mental (MEEM), quando comparados aos que apresentavam a forma cística simples. Em relação à localização dos cisticercos, pode-se notar que os indivíduos com lesões de localização parenquimatosa demonstraram escores inferiores no teste de Faces Famosas e no teste de memória lógica recente, quando comparados àqueles com lesões ventriculares e no espaço subaracnóide. Conclusões: O declínio cognitivo foi uma manifestação clínica muito freqüente em nossa amostra de pacientes com NCC. Estes dados podem fornecer um conhecimento mais abrangente das manifestações clínicas presentes na NCC |