Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Anelise Roosch de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17144/tde-29072024-103034/
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Resumo: |
A Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC) assegura o direito da mulher a praticar o aleitamento materno (AM) com sucesso, por meio da implementação dos Dez Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno (Dez Passos). As diretrizes para a gestão do binômio mãe-filho expostos ao SARS-CoV-2 recomendaram uma complexa organização hospitalar e medidas de controle de infecções para os neonatos durante o AM. No entanto, esses mesmos protocolos não consideraram completamente a proteção do AM. Objetivo: Analisar o impacto dos protocolos de controle da infecção por COVID-19 na execução dos Dez Passos em hospitais brasileiros, estabelecidos como fatores chave para o sucesso da IHAC. Metodologia: Estudo de survey multicêntrico transversal realizado entre janeiro e maio de 2021, por meio de questionário respondido por 29 centros brasileiros credenciados na IHAC. O questionário foi estruturado para ser respondido em seis partes, considerando a vigência da pandemia da COVID-19: Informações sobre o Centro, Gestão das Práticas de Aleitamento Materno baseadas nos Dez Passos, Recomendações Gerais baseadas nos Dez Passos, Recomendações na Sala de Parto, Recomendações no Puerpério Imediato e Recomendações no Ambiente Domiciliar. Todas as recomendações da IHAC investigadas por esse estudo estavam liberadas para realização segundo Organização Mundial de Saúde (OMS) na ocasião da pesquisa. A seleção foi realizada por meio da técnica de amostragem não probabilística e a coleta foi feita por instrumento online. Avaliamos a execução da IHAC em binômios com resultados positivos e negativos para SARS-CoV-2. Resultados: No Brasil, 301 hospitais estão cadastrados na IHAC. Desses, 80 hospitais foram incluídos, 221 foram excluídos devido à falta de dados atualizados para contato e 29 hospitais aceitaram participar do estudo. Houve representatividade de todas as regiões brasileiras. Em ambos grupos foi observado impacto negativo nas recomendações promovidas pela IHAC, sendo o binômio positivo o mais prejudicado. Apenas 6,9% dos hospitais relataram recomendar o contato pele a pele imediato e ininterrupto para o binômio positivo. 24,1% dos centros recomendaram a prática do AM em sala de parto ao binômio positivo ou com suspeita de COVID-19. 34,5% dos centros permitiram a presença de acompanhante na sala de parto para a gestante com COVID-19 ou suspeita e 89,7% para as gestantes sem o vírus. Por meio de análise de mapa de correspondência, observou-se associação entre a não execução das recomendações da IHAC e centros considerados como referência para receber gestantes com COVID-19, houve permissão de alojamento conjunto, e alta hospitalar em mais de 24 horas; porém proibição de acompanhante na sala de parto e de visita para o binômio. Em relação ao binômio negativo não observamos impacto negativo na execução das recomendações do IHAC. Conclusão: A pandemia da COVID-19 teve impacto negativo na manutenção das recomendações da IHAC nos hospitais credenciados, promovendo um comportamento protetivo exacerbado em detrimento dos benefícios já tão bem estabelecidos do AM. Em situações pandêmicas, as iniciativas para a proteção e estímulo ao AM devem ser avaliadas, reestruturadas e propostas através de um plano de contigencia elaborado pela IHAC para situações de emergencias assim será possível evitarmos retrocessos na assistência neonatal. |