Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Fernandes, José Adjailson Uchôa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8147/tde-26012009-105802/
|
Resumo: |
As redes sociais têm-se tornado muito populares. No caso específico do Brasil, essa popularidade se tornou notória após o advento do orkut. Essas redes constituem um importante espaço para a produção de textos a respeito de temas diversos. A navegação por esta rede social nos chamou a atenção para a vasta presença de comunidades cuja nomenclatura remetia a posições extremas, principalmente, as de amor e ódio por algo ou alguém. Com base nessa tendência, delimitamos o corpus a partir de duas comunidades com temas iguais e antagônicas quanto à nomenclatura. São elas: eu amo Inglês e eu ODEIO Inglês. Os enunciados coletados foram produzidos entre os dias 30/07/2006 e 28/11/2006. Por ser uma rede na qual está colocada a possibilidade do anonimato e/ou a criação de perfis de usuários fictícios (fakes), nossa hipótese foi a de que estas características poderiam causar certo efeito de liberdade no tocante aos modos de dizer nesse contexto. Apoiados nas teorias sobre o discurso, o sujeito e sua relação com a linguagem, bem como, na Semântica Histórica da Enunciação (Guimarães, 2002) e em estudiosos do ciberespaço, buscamos analisar os enunciados produzidos no interior dessas comunidades em busca de pistas a respeito do sujeito e dos modos de dizer inerentes a esta mídia, mais especificamente, os dizeres sobre a língua inglesa, seu processo de ensino-aprendizagem e da relação do sujeito que enuncia, tanto com a língua inglesa quanto com sua língua materna. A análise nos permitiu a observação de modos de dizer com forte tendência hiperbólica, tal qual a própria nomenclatura das comunidades analisadas. Foi ainda possível estabelecer considerações a respeito do sujeito desta rede, que parece se apresentar sob um caráter hedônico, bastante análogo ao sujeito do sujeito do consumo, ou seja, aquele que desconhece a falta, acredita tudo poder (CORACINI, 2006, p.149). Finalmente, pudemos estabelecer analogias entre o processo de ensino-aprendizagem de uma língua estrangeira e o processo de construção de um avatar, as quais nos permitiram analisar tanto os investimentos identitários quanto formas de resistência ao discurso hegemônico sobre a língua inglesa e seu papel na sociedade contemporânea. |