Narrativas silenciosas: identidade e imigração na educação infantil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Santos, Priscila da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-11122018-101037/
Resumo: Esta pesquisa se desenvolveu com o intuito de analisar como se dão os processos de hibridização identitária de crianças em contexto de imigração na Educação Infantil. Para tanto, a investigação tem como base o tripé conceitual narrativa/identidade/ infância. A partir desse tripé descrevem-se as interações de uma criança de origem boliviana com seus pares, com a pesquisadora e com as professoras, a fim de depreender como se constroem as narrativas sobre essa criança e também as negociações realizadas para que tais narrativas sejam afirmadas ou rejeitadas, tanto pelos que constituem a comunidade escolar, quanto pela própria criança imigrante. Diário de campo, fotografias, filmagens, entre outros materiais que se revelaram pertinentes à análise constituem o corpus da pesquisa. O trabalho estreita relações com a Sociologia da Infância, à medida que experimenta metodologias que tentam dar voz às crianças envolvidas na pesquisa. Os dados obtidos no interior da escola de educação infantil (narrativa do micronível) foram relacionados com a contextualização geopolítica que circunscreve a relação entre Brasil e Bolívia (narrativa do macronível), e também com documentos oficiais que orientam o currículo da Educação Infantil. A partir dos resultados obtidos, foi possível concluir que os processos de hibridização identitária de crianças em contexto de imigração se dão em três categorias de diferenciação: 1) Diferenciação horizontal (relativa às diferenças que as crianças estabelecem entre si, sendo tais diferenças muitas vezes pautadas pelos padrões presentes na sociedade, mas também pelos interesses particulares que regem as interações infantis); 2) Diferenciação hierárquica (diz respeito ao modo como são conferidos diferentes status à criança imigrante, a depender do imaginário que se tem a respeito de seu país de origem, no país em que se estabelece); e 3) Diferenciação diaspórica (a propósito do movimento impulsionado pelo sair de si em direção à diferença do outro, a fim de partilharmos as diásporas que incessantemente alimentam as constituições identitárias).