A construção de uma memória: as comemorações do centenário da imigração italiana na região da ex-colônia Silveira Martins (1975-1993)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Manfio, Juliana Maria
Orientador(a): Ramos, Eloisa Helena Capovilla da Luz
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Escola de Humanidades
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/9093
Resumo: Entre 1975 e 1993, a ex-colônia Silveira Martins – atuais municípios de Silveira Martins, Ivorá, Faxinal do Soturno, São João do Polêsine, Nova Palma, Dona Francisca e Pinhal Grande – organizou e vivenciou as festividades alusivas ao Centenário da Imigração Italiana. Localizada na região central do Estado do Rio Grande do Sul, o local foi colonizado por imigrantes italianos no final do século XIX. O quarto núcleo de colonização diferenciou-se dos três primeiros situadas na região da Serra (Dona Isabel, Campos dos Bugres e Conde d’Eu), por não fazer parte das comemorações oficiais do Biênio da Colonização e Imigração, instituído em 1973 e solenizado entre 1974 e 1975. Nesse sentido, o objetivo dessa tese é compreender o ato de festejar o Centenário da Imigração Italiana no quarto núcleo de colonização, identificando os eventos festivos, sua participação e a organização, percebendo os elementos de construção de uma memória e de uma narrativa identitária. Compreender como essas comunidades planejaram as festividades do Centenário, buscando entender as diferentes dinâmicas internas das manifestações festivos é a justificativa para esta tese. Para desenvolver essa pesquisa, foram utilizados documentos oficiais (relatórios, decretos, leis sobre o Biênio), jornais, fotografias, folders, monumentos, entre outros, que indicavam para as festividades ocorridas na região colonial. As festas foram compreendidas como o ato de celebrar e construir uma memória e uma narrativa identitária sobre o processo imigratório italiano. Para isso, são apresentados os monumentos, os capitéis, as canções, a gastronomia, os desfiles, as missas como elementos da fé e da cultura, sendo construtores de uma narrativa identitária entre os descendentes. Evidenciaram-se, na pesquisa, as atividades, os meios e os agentes que proporcionaram a construção de uma narrativa identitária durante as comemorações do Centenário da Imigração Italiana na Colônia Silveira Martins.