Crenças, atitudes e religiosidade: estratégias de coping no enfrentamento de tristeza, medo e raiva na prática hospitalar de profissionais de medicina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Huang, Mônica Frederigue de Castro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-28042022-155953/
Resumo: A pesquisa partiu da consideração da variedade dos desafios, provocadores de stress, a que o profissional médico atuante no contexto hospitalar enfrenta e o fato de o universo da profissão e de sua formação se valerem do conhecimento científico. Buscou-se verificar se e como médicos que atuam em contexto hospitalar utilizam coping (enfrentamento) religioso para lidar com emoções primárias de tristeza, medo e raiva suscitadas em sua prática profissional, identificar as crenças e atitudes presentes no processo e verificar suas percepções quanto à relação dos campos científico e religioso. Os dados foram obtidos por meio de entrevistas semidirigidas em profundidade que contaram com três momentos distintos para busca da menção espontânea do tema religioso: no primeiro momento foi pedido que relatassem uma experiencia marcante onde pelo menos uma das emoções (tristeza, medo ou raiva) esteve presente na experiencia profissional; no segundo momento, caso não houvesse menção do tema foi dada opções de coping e entre estes a religiosidade se apresentava; no terceiro momento, caso ainda não surgisse o tema da religiosidade, foi perguntado diretamente se a religiosidade fazia parte dos recursos de coping. A pesquisa contou com 16 sujeitos, 8 médicos e 8 médicas de especialidades hospitalares distintas e o acesso à amostra foi feito através do processo bola de neve. A base teórica utilizada para o estudo foi a teoria do coping de Lazarus e coping religioso de Pargament e a Teoria da Regulação das Emoções de Gross. Resultados: 13 médicos utilizam elementos da religião no processo de coping, ainda que somente 5 fizessem referência a isso no primeiro momento da entrevista. Conclusão: o elemento religioso se apresenta de formas distintas no processo de coping e 12 médicosrelataram perceber relação de parceria entre a ciência e a religião e nenhum como campos incompatíveis. A pesquisa tem um caráter exploratório do universo pessoal do profissional de medicina e buscou contribuir e desafiar a novos trabalhos que cooperem para um cuidado mais atento a este profissional