Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Trambacos, Fernando Lima |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12136/tde-24092021-171124/
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Resumo: |
Esse trabalho tem por objetivo investigar o modo como a diversidade de características individuais dos membros do Conselho de Administração e da Diretoria das empresas abertas brasileiras se relaciona com o seu retorno acionário, tomando como embasamento o conjunto das discussões relacionadas aos impactos das dinâmicas de grupo sobre a governança corporativa. Sustenta-se que uma maior diversidade nesses órgãos se relaciona positivamente com os retornos acionários, tanto pela quebra do groupthink e dos efeitos das redes sociais, quanto pelo estímulo à ocorrência do conflito cognitivo, contribuindo para uma melhor tomada de decisões, uma melhora do monitoramento e uma maior capacidade de geração de oportunidades de investimento. Para a análise, são realizados dois estudos empíricos, contemplando seis indicadores de diversidade alternativos, construídos a partir de duas bases de dados com características complementares: (i) uma base de dados em painel, contendo dados superficiais para todas as empresas abertas brasileiras no período de 2011 a 2018; e (ii) uma base de dados em cross-section, contendo dados mais profundos das 64 empresas incluídas no índice IBOVESPA em 31/12/2017. Realizadas as análises estatísticas, pode-se dizer que os estudos, de fato, trazem indícios da existência de uma relação positiva entre a diversidade dos membros que compõe o Conselho de Administração das empresas e a geração de melhores retornos acionários, estabelecendo-se essa relação tanto de maneira direta, quanto intermediada por meio de uma melhora do monitoramento por esse órgão e da sua capacidade de geração de oportunidades de investimento. Essa conclusão fica mais evidente quando se analisam os resultados dos modelos ernpíricos construídos a partir dos indicadores de diversidade capazes de capturar aspectos mais profundos desse fenômeno e quando se constata que ambientes de tomada de decisão colegiados são mais propícios a canalizar os efeitos positivos da diversidade. Ao se analisar os modelos para a Diretoria, contudo, os resultados dessa relação são menos evidentes em todos os cenários. Argumenta-se que esse comportamento está atrelado às características funcionais e estruturais desse órgão, menos propício a canalizar os efeitos positivos relacionados à diversidade. |