Determinação de unidades ecológicas num fragmento de floresta nativa, com auxílio de sensoriamento remoto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1999
Autor(a) principal: Nave, André Gustavo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11142/tde-20220207-190801/
Resumo: Atualmente existe uma grande necessidade de se desenvolver metodologias de trabalho que permitam a identificação e checagem do mosaico florestal. As análises realizadas por meio de fotografias aéreas ou imagens orbitais podem viabilizar, com baixo custo, a identificação, quantificação e evolução das unidades ecológicas no mosaico florestal, permitindo adequação das propostas de caracterização e manejo dos fragmentos florestais. Objetivando o teste de algumas metodologias para o zoneamento e a identificação das diferentes unidades ecológicas florestais (naturais e sucessionais) da Reserva Municipal de Santa Genebra no município de Campinas, SP, foram usados métodos de interpretação de fotografias aéreas e processamentos de imagens orbitais Landsat TM e SPOT XS. A comprovação da existência das unidades ecológicas identificadas nas análises das imagens foi realizada através das caracterizações fisionômicas, florísticas e estruturais dessas unidades, obtidas através de levantamentos expeditos de campo. Para a avaliação da similaridade entre as comunidades de cada unidade ecológica identificada, foram realizadas análises de similaridade com base nos dados obtidos na caracterização florística e estrutural de cada unidade, confirmando as particularidades vegetacionais dessas unidades. A comparação dos mapas produzidos pelas análises das fotografias aéreas e imagens orbitais foi realizada de acordo com o número de unidades ecológicas identificadas, nível de detalhamento da verdade terrestre, tempo de análise de imagem, recursos técnicos necessários, disponibilidade da imagem, resolução temporal da imagem, freqüência de uso em trabalhos de vegetação e custo de aquisição, entre outros. A obtenção da exatidão dos mapas produzidos foi realizada através da geração de matrizes de erro, calculando a exatidão global e individual (erros de comissão e omissão), desempenho médio e os coeficientes de concordância Kappa global e individual. Os resultados deste trabalho mostraram que o método de análise analógica de fotografias aéreas utilizando a estereoscopia foi mais adequado e quanto maior a escala, melhor é a identificação das unidades ecológicas e o nível de detalhamento do mapa. Nas análises de imagens orbitais, a classificação não supervisionada, que é uma das técnicas mais simples em termos de processamento de imagens, obteve o melhor resultado na identificação do mosaico florestal, principalmente a variação do gradiente sucessional. Os resultados obtidos pelos classificadores texturais nas classificações em fotografia aérea e em imagens orbitais foram insatisfatórios no reconhecimento das unidades. A utilização das análises de agrupamento e de ordenação mostraram-se eficientes para determinação da similaridade entre as comunidades estudadas, confirmando a existências das unidades no campo. A análise de imagens de diferentes idades mostrou-se um eficiente instrumento de monitoramento ambiental com baixo custo, subsidiando a adoção de práticas diferenciadas de conservação e manejo de remanescentes florestais. A identificação do mosaico ambiental possibilita ainda uma melhor definição de áreas de amostragem em fragmentos.