A sinalização tnf-alfa-tnfr1 regula diferencialmente a perda óssea periapical e a neoformação dentinária em modelo experimental murino

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Almeida Júnior, Luciano Aparecido de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58135/tde-23102023-160212/
Resumo: O fator de necrose tumoral-alfa é uma citocina pró-inflamatória relacionada a destruição óssea de algumas doenças inflamatórias. Quando se liga aos seus receptores TNFR1 e TNFR2, possui funções distintas de inflamação e apoptose celular ou controle da inflamação e hemostasia, respectivamente. Dessa maneira, o objetivo geral deste estudo foi investigar o papel do TNF-&alpha; na inflamação, no desenvolvimento da lesão periapical e no reparo pulpar utilizando como modelo experimental camundongos geneticamente deficientes do receptor-1 do mediador (TNFRSF1- Knockout) comparativamente a animais selvagens (C57BL6 - Wild-Type). Para o estudo da lesão periapical foram utilizados cem camundongos, 50 animais Knockout e 50 animais Wild-type. Após anestesia o tecido pulpar foi exposto ao ambiente bucal para contaminação microbiana por 7, 14, 28 e 42 dias. No reparo pulpar, quarenta camundongos foram utilizados, 20 animais knockout e 20 animais Wild-Type. Após a anestesia foi realizado uma exposição pulpar e posteriormente a proteção pulpar direta com MTA e acompanhado por 7 e 70 dias. Após a eutanásia dos animais, os blocos contendo dente e osso foram utilizados para avaliação microtomográfica, histopatológica, histomorfométrica, histomicrobiológica, número de osteoclastos, RT-PCR e imunohistoquímica. A lesão periapical foi caracterizada pelo amplo espaçamento do ligamento periodontal e recrutamento de células inflamatórias. A ausência do TNFR1 conteve a formação da lesão periapical no período de 42 dias (p<0,05). O número de neutrófilos foi menor aos 14, 28 e 42 dias nos animais Knockout (p<0,05). A ablação do TNFR1 resultou na menor formação de osteoclastos aos 14 e 42 dias (p<0,05), menor expressão de Rankl (p<0,0001) e a expressão de Opg foi reduzida aos 28 dias (p<0,0001). A razão Rankl/Opg foi favorável a reabsorção aos 7 e 42 dias nos Wild-Type (p<0,0001). Na falta do TNFR1 a expressão de RNAm para Tnf-&alpha; se mostrou menor aos 7 e 28 dias (p<0,0001), em consonância, a expressão de Mmp9, CtsK e Ptsg2 foi menor aos 7 (p<0,0001). A neoformação de tecido mineralizado foi limitada nos animais knockout aos 70 dias (p<0,0001). Os animais Knockout desenvolveram necrose pulpar e lesão periapical aos 70 dias (p<0,0001), além de, maior recrutamento de neutrófilos (p=0,0003). A falta do TNFR1 ocasionou menor marcação para o TNF-&alpha; aos 7 e 70 dias (p<0,05), consequentemente, menor síntese dos marcadores de mineralização DSP (p=0,0003) e OPN (p=0,0289). A ausência da ligação do TNF-&alpha;/TNFR1 conteve o desenvolvimento da lesão periapical e diminuiu a expressão de genes relacionados ao catabolismo ósseo desde os períodos iniciais da lesão periapical. No reparo pulpar, a falta do TNFR1 limitou a formação de tecido mineralizado, se mostrou com um maior processo inflamatório do tecido pulpar que gerou necrose pulpar e desenvolvimento da lesão periapical.