Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Longo, Luccas Guilherme Rodrigues |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11150/tde-08082007-163301/
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Resumo: |
A maior parte da biodiversidade global está concentrada nas florestas tropicais. Um dos principais fatores que ocasionam o desaparecimento dessa diversidade é a perda de hábitats pelas ações antrópicas, como o desmatamento e o crescimento urbano desordenado. Fragmentos florestais que possuem elevada biodiversidade, altas taxas de endemismo e fortes pressões antrópicas, são chamados de hotspots. A Floresta Atlântica é um dos hotspots brasileiros mais devastados. Por serem sensíveis as alterações do ambiente, as aves são consideradas importantes bioindicadores da qualidade dos ecossistemas. O presente estudo foi realizado na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Rio dos Pilões, em uma região antropizada e com remanescentes de Mata Atlântica (Floresta Ombrófila Densa Montana), localizada no município de Santa Isabel, no Estado de São Paulo. A RPPN pertence a um empreendimento imobiliário que visa à integração entre as atividades de proteção dos recursos naturais com as ações humanas. Com o intuito de conhecer e analisar a comunidade de aves da RPPN estudou-se três ambientes principais: um ambiente de campo antrópico (ACA), um ambiente antrópico inundado (AAI) e um ambiente florestal antropizado (AFA). O estudo foi realizado de maio de 2005 a maio de 2006, utilizandose o método de captura e recaptura com redes-neblina e o método de observações em trajetos irregulares, sendo o primeiro aplicado no AFA e o segundo no ACA e no AAI. Foram registradas 141 espécies de aves em um total de 1.824 horas de trabalhos. Estas espécies estão distribuídas em 20 ordens, 46 famílias, 125 gêneros, resultando em 2.243 indivíduos observados, 184 capturados e 17 recapturados. A curva acumulada de espécies não mostrou tendência à estabilização, sugerindo que o esforço de coleta despendido não tenha sido suficiente para amostrar toda a comunidade, indicando assim que novas espécies possam ser registradas. Os Não-Passeriformes somaram 56 espécies, com maior representatividade nas famílias Ardeidae e Trochilidae. Os Passeriformes foram os mais representativos, com 85 espécies, sendo Tyrannidae a de maior número. O ambiente que apresentou maior riqueza foi o AAI com 85 espécies, seguido pelo AFA com 72 e o ACA com 52 espécies. As espécies mais freqüentes (FR) foram Patagioenas picazuro no ACA, Thraupis sayaca no AAI e Chiroxiphia caudata no AFA. A análise da freqüência de ocorrência (FO) mostrou que a maioria das espécies teve FO abaixo de 25%, enquanto que poucas espécies apresentaram FO maior que 75%. As espécies com maiores FO foram Vanellus chilensis, Pitangus sulphuratus, T. sayaca e Basileuterus leucoblepharus. A comunidade foi agrupada em 13 guildas tróficas, sendo a insetívora a de maior predomínio em todos os ambientes. Das espécies registradas, 04 são migrantes e 03 estão ameaçadas de extinção. Embora a RPPN apresente um elevado grau de degradação, possui elevada riqueza e diversidade de espécies de aves, fator este que pode contribuir não somente para aumentar seu valor de conservação, como também auxiliar na implantação de projetos de restauração ecológica dos remanescentes. |