Passagens do tempo, entrelaçamento de memórias individuais e a construção de memórias coletivas no cinema de Eduardo Coutinho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Escrivão, Marco Antonio Visconte
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27161/tde-12092022-154642/
Resumo: O presente estudo busca traçar um olhar em perspectiva histórica, através da análise imanente e também comparativa sobre os documentários Cabra marcado para morrer (1984), Peões (2004), Sobreviventes da Galileia (2013) e A família de Elizabeth Teixeira (2013), todos do cineasta Eduardo Coutinho, investigando a construção de memórias coletivas e o percurso de setores da classe trabalhadora no Brasil, através das memórias individuais conformadas pela passagem do tempo e pelo olhar do documentarista e do cinema documentário. Neste percurso, busca-se a comparação entre Cabra marcado para morrer e Peões investigando, através do presente fílmico, o espaço de experiência que compreende o interregno entre o momento de ação, no qual os indivíduos participavam ativamente de movimentos sociais em ebulição qual seja o movimento camponês em 1964 e o movimento operário no início da década de 1980 e o momento da memória, em que se elabora este passado e o caminho até o presente, em Cabra marcado nos anos 1980 e em Peões às vésperas do segundo turno das eleições presidenciais de 2002. Nos dois casos, abre-se ao final, um horizonte de expectativas sobre o futuro. Posteriormente, com o olhar para Sobreviventes da Galileia e A família de Elizabeth Texeira, investiga-se qual futuro se fez presente frente às expectativas pessoais e sociais abertas ao final de Cabra marcado para morrer. Nesta trilha, tem-se um olhar sobre um ciclo de 50 anos de personagens, espaços, movimentos sociais, do cinema documentário, do documentarista e em última instância da sociedade brasileira.