Doença meningocócica: indicadores de gravidade e sua importância para vigilância e assistência médico-hospitalar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Masuda, Eliana Tiemi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-21092009-110647/
Resumo: Objetivos: Descrever o comportamento da Doença Meningocócica (DM) focalizando aspectos clínicos e seus desfechos, analisar o possível impacto da descentralização da assistência hospitalar, investigando também fatores associados à sua gravidade no município de São Paulo (SP), de 1986 a 2004. Metodologia: Trata-se de um estudo de corte transversal com componente descritivo e analítico, abrangendo o período de 1986 a 2004. A população de estudo abrange pacientes de DM, residentes no município de SP, notificados à vigilância. Os dados foram obtidos junto à vigilância passiva da DM e ao Instituto Adolfo Lutz de São Paulo. A descrição da doença foi efetuada segundo aspectos relativos ao tempo, espaço e pessoa. Para a investigação dos fatores associados à gravidade da DM tomou-se como variável dependente o óbito por DM e como variável independente, as exposições de interesse. Elas foram investigadas por meio das estimativas das odds ratio não ajustadas e ajustadas pela regressão logística não condicional, com os respectivos intervalos de confiança de 95 por cento. Resultados: Foram confirmados 10.087 casos de DM no município de São Paulo, durante o período de interesse. No pico epidêmico de 1995, a taxa de incidência média da DM foi de 8,1 casos/100.000 habitantes (hab), a mortalidade de 1,8 casos/hab/ano e letalidade média de 22 por cento. Crianças menores de quatro anos foram as mais atingidas, constituindo 54 por cento dos casos, principalmente entre os menores de um ano, com taxa de incidência média de 60,1/100000 casos/hab. Em 1986, o Hospital Especializado atendia 83 por cento dos casos e os Assistenciais apenas 12 por cento. No final do período estudado (2004), com a descentralização do serviço, o Hospital Especializado passou a atendeu 22 por cento dos casos e 71 por cento dos casos os Assistenciais. O Hospital Especializado manteve a letalidade anual dos casos de DM constante durante todo período, em torno de 11 por cento. A letalidade 15 dos Hospitais Assistenciais foi diminuindo gradativamente ao longo do período, inicialmente com 60 por cento e terminando com 16 por cento. Conclusão: A identificação de fatores associados à gravidade da DM e a repercussão da assistência hospital podem contribuir na melhoria das condutas clínicas, e subsidiar políticas públicas e intervenções de saúde pública