Aspectos epidemiológicos da doença meningocócica no Distrito Federal, 2000 a 2011

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Tauil, Márcia de Cantuária
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-14032013-131623/
Resumo: Objetivos: Analisar o comportamento da doença meningocócica (DM) no Distrito Federal (DF), no período de 2000 a 2011, investigar fatores associados à gravidade da doença e avaliar o impacto da introdução, em 2010, da vacina conjugada contra o meningococo C. Métodos: Trata-se de um estudo com um componente descritivo e outro analítico, abrangendo os residentes no DF que apresentaram DM. Foram incluídos os casos confirmados de DM registrados nos sistemas de informação de notificação e/ou de mortalidade e/ou do laboratório. Para a investigação de fatores associados ao óbito por DM, a variável dependente foi evolução e as variáveis independentes foram sexo, idade, forma clínica e sorogrupo da Neisseria meningitidis. Na avaliação do impacto da introdução da vacina conjugada contra o meningococo C, foram comparadas as taxas de incidência do período pré e pósvacina, por grupo etário. Resultados: Foram analisados 490 casos confirmados de DM no período. A cepa que predominou antes de 2005 foi a B:4,7:P1.19,15 com 67,8 por cento (61/90) e, a partir desse ano, predominaram as cepas C:23:P1.14-6 com 40,9 por cento (61/149) e C:2a:P1.5,2 com 12,8 por cento (19/149). As taxas médias anuais de incidência e de mortalidade por DM, no período, foram, respectivamente, 1,7 e 0,4/100.000 habitantes/ano e a letalidade média foi 21 por cento . A taxa de incidência de DM foi maior nas crianças menores de um ano, variando de 13,1 em 2011 a 38,7/100.000 habitantes/ano em 2000. A letalidade foi maior no grupo de 40 anos e mais, 40 por cento , e entre as crianças com dois anos, 32 por cento . A região administrativa (RA) do Paranoá foi a que apresentou as mais elevadas taxas médias anuais de incidência, 3,3/100.000 habitantes, e de mortalidade, 0,6/100.000 habitantes. Os menores de dois anos e os com idade maior ou igual a 30 anos tiveram risco significativamente maior para óbito, assim como as formas clínicas meningococcemia e meningite com meningococcemia. Houve uma redução estatisticamente significativa (p = 0,02) da incidência de DM em menores de dois anos do ano de 2009, 21,3/100.000 habitantes/ano, para o ano de 2011, 6,6/100.000 habitantes/ano. Conclusão: Esse estudo possibilitou verificar os grupos etários mais atingidos por DM, os fenótipos circulantes, as RA com as maiores taxas de incidência e de mortalidade e fazer uma avaliação preliminar do impacto da vacina conjugada contra o sorogrupo C, após o primeiro ano de sua introdução no calendário infantil de imunização.