Desenvolvimento de nanoemulsão de óleo de arroz como adjuvante no tratamento de dermatite atópica e psoríase

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Bernardi, Daniela Spuri
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60137/tde-11042011-140431/
Resumo: Nanoemulsões consistem em emulsões com tamanho de glóbulos na faixa de 50 a 200 nm, apresentam-se transparentes e são cineticamente estáveis. Têm sido estudadas em formulações de uso tópico por aumentar a permeação cutânea de ativos, auxiliar na redução da perda transepidérmica de água, entre outros benefícios. Em patologias como a dermatite atópica e psoríase, as nanoemulsões auxiliam na recuperação do tecido cutâneo. O óleo de arroz, que pode compor a fase oleosa de nanoemulsões, tem propriedade antioxidante e hidratante, podendo manter o estrato córneo saudável e recuperar a pele danificada. Essa pesquisa tem o objetivo de desenvolver nanoemulsões de óleo de arroz para serem utilizadas como adjuvante no tratamento de dermatite atópica e psoríase. Diversos pares de tensoativo foram pesquisados a fim de empregar aquele que permitisse a formação de nanoemulsões. O valor de EHL do óleo em questão foi de 6,0. Já a formação de nanoemulsões se deu no valor de EHL 8,0 para o par de tensoativo mono-oleato de sorbitano/óleo de rícino etoxilado 30 OE (sistema 1) e no EHL de 9,0 para o par de tensoativo óleo de rícino etoxilado 15 OE/40 OE (sistema 2), com quantidades de 10,00% de óleo, 10,00% de tensoativos e 80,00% de água para ambas formulações. O método de emulsificação por inversão de fases com a fase aquosa vertida sobre a oleosa foi o mais indicado para a formação de glóbulos de tamanho reduzido, bem como a temperatura de 75ºC. A nanoemulsão composta pelo sistema 1 foi a mais estável quando adicionada de umectantes/emolientes, durante a estabilidade de 90 dias e no ciclo gela-degela. O valor de 0,269mg/mL do óleo de arroz no meio reacional foi capaz de inibir 50,00% do radical DPPH. No ensaio de irritação em modelo organotípico (HET-CAM), as nanoemulsões foram praticamente não irritantes enquanto as soluções de tensoativos ligeiramente irritantes. Por meio dos testes in vivo, observou-se aumento da hidratação cutânea em voluntários com a pele normal e em pacientes com dermatite atópica e psoríase. A cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) mostrou a presença de um dos constituintes do gama-orizanol, composto com superior propriedade antioxidante, no óleo de arroz.