Absorção e metabolismo de nitrogênio por arroz em diferentes agroecossistemas sob disponibilidade sazonal de N-NO3-

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Araujo, Ana Maria Silva de lattes
Orientador(a): Fernandes, Manlio Silvestre
Banca de defesa: Lima, Marcelo de Freitas, Brefin, Maria de Lourdes Mendonça Santos, Cabral, Luiz Mors, Zonta, Everaldo
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Ciência do Solo
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9040
Resumo: O clima tropical úmido, característico de grande parte do Nordeste, Centro-Oeste e parte do Sudeste do Brasil, apresenta de forma marcante uma estação chuvosa e outra seca. Durante a estação seca, a evapotranspiração proporciona movimentos capilares de água no solo coincidentes com o acúmulo superficial de NO3 -. Esse conteúdo de nitrato no solo pode variar com a sazonalidade de variáveis ambientais, tais como a temperatura e a precipitação, assim influenciando o processo de assimilação, o consumo e o armazenamento desse íon pelas plantas. Portanto, no início do período chuvoso ocorre grande disponibilidade de NO3 - no solo e este fenômeno tem sido denominado como “flush” de nitrato. O objetivo do estudo foi o de avaliar a possibilidade de ocorrência do sincronismo entre esse “flush” de N-NO3 - e a absorção de N por duas variedades de arroz diferentes quanto à capacidade de armazenamento e remobilização de N em condições de campo. Para tal, foram instalados dois experimentos por dois anos consecutivos nos municípios de São Luis e Miranda do Norte, Estado do Maranhão em três diferentes sistemas de manejo: cultivo em aléias, roça no toco (derrubada e queima) e sistema convencional. As espécies de leguminosas utilizadas foram: Leucaena leucocephala (leucena); a Clitoria fairchildiana (sombreiro) e a Acacia mangium (acácia), combinadas entre si, nos seguintes tratamentos: Sombreiro + Leucena (S + L); Acácia + Leucena (A+ L) e Testemunha, sem leguminosas. Em todos os sistemas de manejo adotou-se o delineamento experimental de blocos casualizados em parcelas sub-subdivididas com quatro repetições. Os parâmetros avaliados foram à atividade da nitrato redutase, o metabolismo do N na planta, o fluxo sazonal de NO3 - no solo, produção de biomassa e a produtividade do arroz. De acordo com resultados, a adição de biomassa das leguminosas não causou grandes alterações nas características do solo tanto em São Luis quanto no município de Miranda do Norte. No solo as maiores alterações foram observadas para o a área queimada e a área mantida em sistema convencional. As aléias de Acácia + Leucena influenciaram de forma significativa a maioria das variáveis avaliadas apresentando-se na maioria das vezes superiores as aléias de Sombreiro + Leucena e a testemunha. No geral, a atividade da nitrato redutase foi baixa em todos os sistemas de manejo. No entanto, constatou-se variação na atividade da enzima em função época de amostragem. Os resultados mostraram que as maiores reduções nos teores de NO3 - foram observados nas bainhas, indicando ser este o local preferencial para a remobilização de N em arroz. A variedade tradicional apresentou sempre valores mais baixos de atividade da NR e acumulou mais NO3 - comparada com a variedade melhorada. Houve variações sazonais no teor de NO3 - e NH4 + no solo, porém os maiores acúmulos de NH4 + ocorreram na camada superficial e início da estação chuvosa. A produtividade do arroz foi baixa, porém diferiu de forma significativa entre os sistemas de manejo.