R-existências das mulheres em território hidrossocial: estudo de caso da Comunidade Bonsucesso no município de Poço Redondo - Sergipe - Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Jesus, Rosivania Santos de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-07112022-171337/
Resumo: Na Comunidade de Bonsucesso, em Poço Redondo, município sergipano do semiárido brasileiro, inserido na região hidrográfica do Baixo São Francisco, são as práticas de resistência das mulheres, frequentemente articuladas com movimentos sociais, que produzem territórios de existência e territórios de resistência. Pode-se dizer, uma relação dialética de dominação e resistência. Dessa forma, o principal objetivo desta pesquisa é analisar as práticas de r-existências em território hidrossocial, tendo em vista ações protagonizadas por mulheres de movimentos sociais na construção de novas territorialidades ou contrarracionalidades. Para chegar a esse propósito, alguns passos galgados foram examinar a racionalidade/contrarracionalidade, bem como se buscou analisar o território hidrossocial em Poço Redondo e identificar a relação do corpo-território. Para tanto, foi utilizada a construção de unidades de análise conceitual em que prevaleceram a hermenêutica como método; entrevistas enquanto procedimento metodológico; e o uso do software Atlas.ti para tratamento e interpretação de dados qualitativos. A partir da análise de dados, foi possível perceber as formas alternativas à racionalidade hegemônica. A pesquisa mostrou, para além da importância dos movimentos sociais para efetuar uma mudança social, o caráter político da mercantilização no território hidrossocial, o corpo-território como potência na existência e que as r-existências em suas práticas espaciais acionam e acessam múltiplos territórios. Destaca-se, assim, a capacidade de resistirem à intensidade de uma série de conflitos de classe. Evidenciam-se discursos que legitimam as r-existências em territórios hidrossociais e a descoberta de instrumento de uma nova consciência para a construção de racionalidades paralelas, alternativas, opositoras, ou, como apontado por Milton Santos, outras formas de racionalidade, divergentes e convergentes, simultaneamente