O sublime e o trágico na Sinfonia Eroica de Beethoven

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Oliveira, Guilherme Magalhães
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27157/tde-09112022-125057/
Resumo: Este trabalho tem como objetivo investigar a hipótese de que a Sinfonia Nº 3, Eroica, op. 55 , do compositor Ludwig van Beethoven (17701827) foi interpretada como uma manifestação sonora da experiência do sublime, tal como foi teorizada pelo poeta e pensador alemão Friedrich Schiller (1759-1805) que deslocou esta experiência para o âmbito da arte ao relacioná-la com o fenômeno trágico. Neste contexto, a pesquisa buscará demonstrar que o programa extramusical criado por Adolf Bernhard Marx (1795-1866) para a Terceira Sinfonia em sua biografia de Beethoven é um documento que representa a recepção da Sinfonia Eroica como uma manifestação do sublime. Para realizar tal investigação, no primeiro capítulo serão apresentados de forma introdutória os principais conceitos filosóficos de Immanuel Kant (1724-1804) necessários para a compreensão da experiência do sublime. No segundo capítulo, será apresentada a reflexão realizada por Schiller sobre o sublime, assim como a relação que o autor estabelece entre o sublime e o trágico. Já o terceiro capítulo tem como objetivo contextualizar e problematizar historicamente as forças internas e externas que deram origem ao que ficou conhecido como fase intermediária de Beethoven. Finalmente, no quarto e último capítulo será apresentado o programa criado por A. B. Marx para a Sinfonia Eroica de Beethoven, mais especificamente, o programa do primeiro movimento. Nas considerações finais, serão apresentados os pontos mais relevantes dos capítulos anteriores e como eles se relacionam com a hipótese colocada de que a Sinfonia Eroica foi interpretada como uma manifestação sonora da experiência do sublime, de acordo com as investigações filosóficas de Schiller.