Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Rangel, Kátia Souza |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-25052012-085900/
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Resumo: |
Este trabalho analisa a problemática da reprodução do modo de vida tradicional da comunidade quilombola do Mandira em seu bairro rural, partindo da recuperação do histórico de formação da comunidade e transformações no seu modo de vida após a sobreposição do bairro rural pelo Parque Estadual Jacupiranga (decreto-lei nº 145, de 08 de agosto de 1969), culminando na definição do bairro como reserva extrativista e território quilombola, sendo estas as alternativas encontradas pela comunidade para a conquista da propriedade coletiva de suas terras e da autonomia de reprodução econômico-social. As restrições ambientais à reprodução do modo de vida foram implantadas no contexto da adoção do modelo preservacionista de proteção dos remanescentes florestais pelo governo militar brasileiro que, a partir da década de 1960, criou unidades de conservação de proteção integral sobre terras devolutas reconhecidas como desabitadas, expropriando as populações tradicionais dos bairros rurais historicamente ocupados, impelindo-as a organizarem-se politicamente em torno do setor ambientalista conservacionista, que defende o conhecimento tradicional como fundamento da conservação, influenciando a política ambiental brasileira no desenvolvimento de instrumentos políticos próprios que compatibilizam conservação e reprodução do modo de vida tradicional, como a criação de reservas extrativistas e unidades de conservação de uso sustentável. O método utilizado fundou-se na abordagem materialista e dialética da história, a teoria da criação e recriação do campesinato e do latifúndio e a etnoconservação, a partir da revisão bibliográfica e trabalho de campo, baseado em história oral, que subsidiou a reconstrução das histórias de vida das famílias, a partir de roteiro semiestruturado e composição de séries fotográficas. Assim, as unidades de conservação de uso sustentável compatibilizam a conservação dos remanescentes florestais à reprodução do modo de vida tradicional que, diante de sua marginal inserção na sociedade urbano-industrial, cria e recria estratégias para sua reprodução e elementos de sua cultura local, como o trabalho familiar e as relações de sociabilidade praticadas entre as famílias da comunidade. |