Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Beker, Carolina Harumi Koshima |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-11062006-100024/
|
Resumo: |
O questionamento deste estudo refere-se à influência da incerteza oriunda de um contexto onde as organizações vivenciam processos de pré-fusão sobre os indivíduos que as compõem. Esta questão surgiu a partir de vivência da pesquisadora que, em seu último desafio profissional participou de um processo de alienação (saída do investidor) de um fundo de private equity no capital acionário de uma indústria alimentícia. Os objetivos do trabalho foram: descrever os problemas que ocorrem em um processo de pré-fusão e conhecer as percepções sobre o clima organizacional neste contexto. Buscou-se neste trabalho respostas para questões como se há elementos no contexto de pré-fusão que influenciem a satisfação de seus colaboradores, se alguma ação oriunda dos gestores podem melhorar a condição de trabalho dos mesmos nesta situação e ainda se Qualidade de Vida no Trabalho é um valor de gestão em períodos onde as organizações vivenciam processos de pré-fusão. Os dados foram levantados através de um conjunto formado pela observação participante da pesquisadora; do mapeamento do clima organizacional realizado através de um questionário elaborado em conjunto com a organização e aplicado, na matriz, a 625 respondentes, o que representou 41% de retorno e foi composto por 11 seções e 132 questões abertas e fechadas; além da validação dos resultados do questionário com duas áreas da empresa através de focus group e de uma entrevista com um profissional responsável por qualidade de vida no trabalho que vivenciou esse contexto em uma seguradora. Baseado nos resultados encontrados, o ponto a ser ressaltado foi justamente a existência de diferentes percepções sobre os mesmos fatos. Conforme constatado, a influência da esfera indivíduo justificou diferentes percepções sobre o clima organizacional. Para alguns colaboradores o clima estava adequado enquanto para outros não, ou seja, as disfunções nem sempre podem ser vistas pelo lado organizacional e sim do indivíduo. Enquanto para uns houve muito incômodo relacionado à incerteza da pré-fusão, para outros, o impacto foi menor ou mesmo nenhum, muitas vezes até por desconhecimento do fato. Para aqueles que se incomodaram, existiram inclusive queixas físicas como desânimo, incômodo e dores de cabeça, estômago e taquicardia. As informações da entrevista sobre a seguradora levaram ao questionamento sobre a presença constante dessas queixas nesses casos, visto que foram comuns. Um outro ponto a ser ressaltado foi a percepção do próprio questionamento sobre o clima organizacional como uma ação dos gestores visto que conseqüências decorrentes da análise dos resultados foram a investigação de pontos passíveis de melhoria como o relacionamento dos superiores com seus colaboradores e ações futuras que possam levar a uma maior performance do trabalho dos colaboradores. Já na seguradora, pouco foi feito, além da manutenção das ações já presentes. Em ambos os casos o que se constatou foi a falta de espaço para valores na gestão como Qualidade de Vida no Trabalho. |