Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Quadros, Isabela Alves de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25143/tde-30052017-211211/
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Resumo: |
A avaliação para diagnóstico da perda auditiva em idosos é comumente realizada com o mesmo protocolo dos pacientes adultos, porém, essa população apresenta características audiológicas distintas, devido ao envelhecimento global do sistema auditivo periférico e central. A queixa principal da perda auditiva associada ao envelhecimento é a dificuldade de compreensão de fala, principalmente em ambientes com ruído competitivo. Desta forma, a avaliação audiológica convencional é fundamental, porém insuficiente para avaliar as queixas auditivas do idoso, uma vez que os testes utilizados não permitem uma avaliação da compreensão da fala em situações do dia-a-dia, incluindo as situações com ruído competitivo. Assim, a realização de testes que avaliam a percepção de fala no ruído é imprescindível na avaliação da percepção de fala nesta população. A literatura da área evidencia relação entre os limiares audiométricos e as habilidades de percepção da fala, mas os estudos desta relação na presença de ruído competitivo são escassos. Objetivo: investigar a influência da idade, do grau da perda auditiva e da configuração da curva audiométrica na percepção de fala na presença de ruído competitivo em idosos com perda auditiva. Materiais e métodos: Participaram 164 indivíduos (93 do gênero masculino e 71 do gênero feminino), idade entre 60 a 90 anos, divididos nos grupos: G1 126 indivíduos, 49 do gênero feminino e 77 do gênero masculino, com configuração abrupta; G2 - 38 indivíduos, 22 do gênero feminino e 16 do gênero masculino, com configuração descendente. Os critérios de inclusão foram: idade igual ou maior à 60 anos; perda auditiva sensorioneural bilateral simétrica; indivíduos não usuários de aparelho de Aparelho de Amplificação Sonora Individual (AASI); ausência de alterações cognitivas. Foi realizado o teste de percepção de fala por meio do Hearing Noise in Test (HINT), nas modalidades mono e binaural, com fone auricular. A análise estatística foi composta pela Regressão Linear Múltipla. Resultados: A configuração e o grau da perda auditiva de maior ocorrência foi, respectivamente, abrupta e moderado. Ao considerar a configuração, a média ISO e a idade como variáveis independentes, os valores de R² ajustado variaram, na modalidade binaural de 28% a 65%, e na modalidade monoaural de 42% a 65%. Quanto à configuração, grau da perda auditiva e idade, os valores de R² ajustado variaram, na modalidade binaural de 20% a 48%, e na modalidade monoaural de 37% a 58%. A diferença ocorreu quanto à idade, média ISO e grau da perda auditiva (p0,05) em todas as condições do HINT, exceto na condição de ruído à esquerda na modalidade binaural, na qual houve diferença apenas para média ISO. Os valores de da média ISO foram maiores em comparação à idade. Conclusão: A configuração audiométrica não influenciou o desempenho dos indivíduos idosos no HINT, no entanto, houve influência da idade e da perda auditiva (grau e média ISO). A perda auditiva apresentou maior influência na percepção de fala, tanto no silencio como no ruído e nas modalidades de escuta monoraural e binaural, em comparação à idade. |