Análise das deficiências nutricionais de pacientes em seguimento pós-operatório tardio de cirurgia de Bypass Gástrico em Y de Roux

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Dalcanale, Lourença de Oliveira Franco
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5147/tde-02062008-104303/
Resumo: Introdução: Apesar de não ser puramente disabsortiva, o Bypass Gástrico em Y de Roux pode provocar alteração da absorção de muitas vitaminas e minerais. Considerando ainda o fato de existirem poucos estudos que relatem o estado geral destes indivíduos, sobretudo com relação aos parâmetros nutricionais em longo prazo, observou-se à necessidade do desenvolvimento de um estudo que verifique a prevalência das carências nutricionais e a efetividade da técnica empregada, bem como o estado geral destes pacientes e suas inter-relações com outros fatores, para especialmente direcionar com maior efetividade as condutas a serem empregadas no pós-operatório pela equipe multidisciplinar. Métodos: 8 homens e 67 mulheres de uma amostra inicial de 130 pacientes compareceram a entrevista. Estes pacientes foram operados pela técnica de Bypass Gástrico em Y de Roux, possuíam entre 18-65 anos e tinham mais que 5 anos de pós-operatório. Foram coletados os seguintes dados: IMC pré e pós-operatório, perda do excesso de peso, queixa de sintomas gastrointestinais, além de dados referente a deficiências nutricionais através da análise de sangue pelos métodos padrões. Resultados: O IMC inicial foi de 56,5 +/- 10 Kg/m2. Após 2 anos, o IMC médio havia caído para 29,4 +/-6 e após 87 meses após a cirurgia, este era de 34,3 +/-10 Kg/m². Uma associação inversa entre perda do excesso de peso (PEP) e tempo de pósoperatório foi observada (P= 0,27; p=0,0183). Após 2 anos apenas 1,33 % (n=1) não atingiu a PEP esperada de 50% do excesso de peso e no momento da entrevista, 30,6% (n=23) não haviam conseguido mantê-la. As deficiências mais comumente verificadas foram as deficiências de vitamina B12 (61,82%) e D (60,53%). Baixos níveis de hemoglobina também foram verificados (50,82%). Vômitos e Síndrome de Dumping foram às queixas gastrointestinais mais observadas 66,19% e 56,76%. Verificou-se correlações significantes entre baixos níveis de hemoglobina e o sexo feminino (p=0,011), % de PEP e ocorrência de vômito com deficiência de vitamina B12 (p=0,028) e (p=0,022). Conclusão: O BGYR é eficiente na promoção e manutenção de perda de peso em longo prazo. Especial atenção deve ser dada aos grupos de maior risco para desenvolvimento de deficiências nutricionais, mulheres em idade fértil, perda de peso excessiva e naqueles que apresentam vômitos freqüentes.