A influência da superfície bioativa de implante na osseointegração. Estudo comparativo em cães

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Barros, Raquel Rezende Martins de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58132/tde-27082010-140752/
Resumo: Entre as diferentes propriedades de uma superfície capazes de influenciar a deposição óssea ao redor de implantes, suas composições químicas e bioquímicas podem interferir no processo de reconhecimento a partir do tecido ósseo circundante. O presente trabalho se propôs a investigar se a funcionalização de superfícies de implante poderia influenciar a deposição óssea ao redor de implantes em um modelo animal. Para tanto, quatro grupos experimentais com mesma topografia microtexturizada, porém variando quanto à adição ou não de uma concentração de peptídeo bioativo foram testados. Metodologicamente, os pré-molares mandibulares bilaterais de 8 cães foram extraídos e após 12 semanas, foram instalados 6 implantes em cada cão, constituindo uma amostra de 48 implantes. Durante o período cicatricial de 2 meses, uma marcação policromática fluorescente foi realizada com o intuito de investigar a dinâmica de remodelação óssea. Estes marcadores ósseos foram administrados no terceiro dia após a instalação dos implantes, bem como após 1, 2, 4 e 6 semanas. A análise histomorfométrica revelou que a superfície microtexturizada modificada pela adição de uma baixa concentração peptídica obteve maior densidade óssea adjacente (54,6 ± 16,6%) quando comparada aos outros grupos (microtexturizada + veículo de hidroxiapatita = 46,0 ± 21,0%, somente microtexturizada = 45,3 ± 11,3% e microtexturizada com adição de alta concentração peptídica = 40,7 ± 15,3%), no entanto estas diferenças numéricas não foram estatisticamente significantes (p>0,05). Adicionalmente, em relação à análise de fluorescência, a comparação entre grupos demonstrou uma diferença estatisticamente significante em favor da superfície composta pela baixa concentração do peptídeo bioativo na área adjacente aos implantes no período de 4 semanas (p<0,001). Pode-se concluir que a funcionalização da superfície de implantes pode interferir na aposição óssea, em particular na densidade óssea, ressaltando que diferentes concentrações peptídicas podem conduzir a diferentes resultados. Dentro do padrão de remodelação óssea observado entre superfícies microtexturizadas, sendo estas funcionalizadas ou não, aquelas com baixa concentração do peptídeo bioativo estudado favoreceram a formação óssea adjacente aos implantes quando comparadas às demais no período avaliado.