Distribuição espacial e estrutura da comunidade de crustáceos de águas intersticiais de um igarapé amazônico e um riacho da mata atlântica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Andrade, Luciana Paes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41133/tde-16102007-181339/
Resumo: As comunidades da fauna de copépodes de águas intersticiais da zona hiporrêica de um igarapé da Amazônia Central e de um rio da mata atlântica da região Sudeste do Brasil são comparadas quanto à composição, diversidade, e distribuição dos organismos. A relação das espécies identificadas com os fatores abióticos é analisada, com o objetivo de se estabelecer quais são os fatores determinantes para a distribuição das mesmas. Os fatores abióticos mensurados são: temperatura, pH, oxigênio dissolvido e granulometria do sedimento. Na areia grossa, há dominância de copepoditos e do gênero Forficatocaris (uma espécie para a mata atlântica e duas novas para a Amazônia). Essas três espécies e os copepoditos exploram o mesmo tipo de micro-hábitat no substrato. Quando a areia média é o substrato predominante, há o aumento na presença dos outros gêneros, como Potamocaris (uma espécie para a mata atlântica e uma nova espécie para a Amazônia) e Parastenocaris (mata atlântica), além do declínio no número de copepoditos. Há uma relação direta entre a temperatura e a distribuição dos microcrustáceos, ocorrendo o predomínio destes animais em temperaturas mais baixas. Há diferenças significativas dos valores de pH quando comparadas localidades distintas (Amazônia e mata atlântica); no entanto, quando comparadas as estações seca e chuvosa de um mesmo local, essa diferença não aparece. Sugere-se que o pH influencie na composição das espécies, e não em sua distribuição. Há um número similar de espécies ocupando os dois ambientes e um padrão de distribuição da fauna hiporrêica. Estas semelhanças apontam para a existência de padrões na estrutura e funcionamento destas comunidades naturais de microcrustáceos intersticiais, moldadas por pressões seletivas parecidas.