Controle da podridão abacaxi da cana-de-açúcar por meio da pulverização de fungicidas em mudas no sulco de plantio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Chapola, Roberto Giacomini
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-11022011-153008/
Resumo: Nos últimos anos, o plantio mecanizado da cana-de-açúcar vem sendo cada vez mais utilizado no Brasil. Tal sistema possui menor custo sobre o convencional e viabiliza o plantio durante o ano todo. Entretanto, a maior quantidade de ferimentos nas mudas colhidas mecanicamente e a realização de plantios em períodos frios e com umidade do solo inadequada têm aumentado a incidência da podridão abacaxi, doença causada pelo fungo Thielaviopsis paradoxa. Áreas onde esta doença é problemática apresentam muitas falhas, exigindo, em alguns casos, replantio. Thielaviopsis paradoxa penetra nas mudas através de ferimentos, o que é importante em cana-de-açúcar, uma vez que os colmos são seccionados durante o plantio. Medidas que estimulem a brotação rápida ou que protejam os ferimentos das mudas produzem excelentes resultados no controle da doença. Com o objetivo de avaliar o controle da podridão abacaxi da cana-de-açúcar por meio da pulverização de fungicidas em mudas no sulco de plantio, foram instalados quatro experimentos, sendo dois em casa de vegetação e dois no campo. Para os ensaios em casa de vegetação, utilizou-se um substrato esterilizado, composto por uma mistura de solo, areia e esterco de gado. Uma suspensão de T. paradoxa na concentração de 103 esporos/g de substrato foi incorporada dois dias antes do plantio. As avaliações foram realizadas em um período de 45 dias, determinando-se o número de plantas, a velocidade de brotação, a biomassa da parte aérea e de raízes, e a severidade da doença. No campo, um dos experimentos foi realizado sem a inoculação do patógeno, com a colheita das mudas e plantio mecanizados. No outro experimento, uma suspensão do fungo foi inoculada com pulverizador costal manual na concentração de 9 x 104 esporos/m2, e o plantio foi realizado manualmente. As avaliações foram realizadas em um período de 13 meses, determinando-se o número de plantas, a velocidade de brotação, a biomassa da parte aérea, o teor de açúcares totais recuperáveis e o rendimento. Nos quatro experimentos, os fungicidas foram pulverizados sobre as mudas imediatamente após o plantio, com pulverizador costal pressurizado com CO2. Os dados das avaliações foram submetidos à análise de variância e à análise de contrastes ortogonais. Além disso, os tratamentos foram comparados com a testemunha através do Teste de Dunnett a 5% de significância. Os resultados mostraram que a pulverização de fungicidas nas mudas controlou a podridão abacaxi da cana-de-açúcar, sendo que os efeitos dessa prática foram mais positivos em condições mais favoráveis à manifestação da doença. Os fungicidas Azoxistrobina + Ciproconazol; Azoxistrobina + Fluodioxonil + Metalaxil- M; Propiconazol; Piraclostrobina e Piraclostrobina + Epoxiconazol foram eficientes no controle da podridão abacaxi da cana-de-açúcar. Por outro lado, Carboxina + Tiram, comercialmente utilizado com essa finalidade, não foi efetivo em controlar a doença, tanto em casa de vegetação como no campo.