O trabalho terceirizado das moças da limpeza na Unicamp: um caso particular do possível

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Campoli, Lara Borin
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100135/tde-03102019-114135/
Resumo: A presente dissertação buscou investigar as implicações que a terceirização trouxe para as relações e condições de trabalho no setor de Asseio e Conservação na Universidade Estadual de Campinas, um serviço realizado majoritariamente por mulheres. O objetivo da pesquisa é compreender de que forma a terceirização tem afetado não apenas as relações de trabalho destas trabalhadoras, mas também suas experiências mais ordinárias e cotidianas, dentro e fora de seu espaço de trabalho. Nossa hipótese é que mesmo diante de uma degradação crescente das condições de trabalho, as funcionárias terceirizadas desenvolvem uma série de mecanismos capazes de tornar suportável um cotidiano definido pela instabilidade, pela insegurança, pela exclusão e discriminação. A pesquisa foi efetuada através de leitura de bibliografia pertinente ao tema, de entrevistas semi-estruturadas com funcionárias terceirizadas da Unicamp, da análise de suas folhas de pagamento e do acompanhamento próximo de suas rotinas de trabalho. Os resultados da pesquisa indicam que as experiências das funcionárias terceirizadas são marcadas por uma crescente precarização do trabalho, expressa nos baixos salários, na ausência de benefícios, no isolamento frente ao corpo e espaço universitário e em um conjunto de desrespeitos trabalhistas. Esta realidade, no entanto, permanece invisibilizadas pela lógica do trabalho terceirizado e por uma postura negligente da universidade