Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Brandão, Ana Pérola Drulla |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10134/tde-15092020-122509/
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Resumo: |
A presença de cães e gatos dentro e no entorno de Unidades de Conservação (UCs) brasileiras é relatada como um problema por diversos pesquisadores e gestores dessas áreas protegidas. O contato de animais domésticos não supervisionados com o ambiente silvestre pode resultar em impactos negativos para a fauna silvestre, para os próprios cães e gatos e para as pessoas que interagem com essas populações. Um impacto negativo importante é a transmissão de doenças, muitas delas zoonoses. Nesse contexto, torna-se necessário o manejo populacional, incluindo o controle sanitário, de cães e gatos que vivem próximos às UCs. A partir de uma abordagem de Saúde Única, este estudo é parte do “Programa Cãoservação”, que aborda essa problemática na UC Parque Estadual Carlos Botelho e teve como objetivo fornecer subsídios para auxiliar na educação ambiental e sanitária; na prevenção e controle de zoonoses; e no manejo populacional de cães e gatos, em locais onde ocorre a interação entre humanos, animais domésticos e a fauna silvestre. Para isso, foram realizados (I) o diagnóstico de percepção da comunidade sobre a relação entre eles, seus animais de estimação e a UC, pelo método do Discurso do Sujeito Coletivo; (II) a identificação de fatores de risco e análise espacial para cinco doenças caninas (toxoplasmose, leptospirose, neosporose, leishmaniose e brucelose) em três anos consecutivos, por modelos de regressão logística e análises de cluster espaciais; (III) uma intervenção na comunidade com a elaboração de um material educativo próprio; e (IV) a divulgação científica do Programa Cãoservação em diversos meios de comunicação. Os resultados mostraram que a percepção da comunidade em relação aos temas abordados é diferente de alguns comportamentos que exercem (como deixar os animais soltos) e a vulnerabilidade da comunidade afeta diretamente o tema da pesquisa ao dificultar a proposição e implementação de estratégias. As doenças caninas de maior preocupação foram a toxoplasmose e leptospirose por terem apresentado maior prevalência e incidência; por serem zoonóticas; e pela identificação de aglomerados de casos próximos ao Parque. Os resultados das entrevistas deram origem a um material educativo infantil. Esse material foi utilizado na intervenção prevista na comunidade (ação educativa), enviado a outras UCs e disponibilizado on-line. A divulgação científica foi feita pelo site oficial, redes sociais e mídias tradicionais. Ações para diminuir a vulnerabilidade social na comunidade combinadas com um manejo adequado da população canina e felina são recomendados neste e em cenários semelhantes, especialmente nos bairros próximos às áreas protegidas. Além disso, autoridades em saúde humana, bem-estar animal e conservação devem trabalhar continuamente em conjunto e com a comunidade para alcançar resultados melhores e de longo prazo, que minimizem os impactos negativos da interação entre humanos, animais domésticos e silvestres. |