Consumo alimentar de frutas, legumes e verduras: realidade paulistana segundo dados da POF/FIPE 1998/1999

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Pace, Eliana
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/89/89131/tde-10112021-183525/
Resumo: Objetivo. O objetivo da dissertação é apresentar a importância de frutas, legumes e verduras (FLV) para uma saudável qualidade de vida, dada a transição nutricional ocorrida no padrão alimentar nacional, tomando como referência o município de São Paulo. A fonte dos dados utilizados foi a Pesquisa de Orçamento Familiar - POF, realizada em 1998/99 pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo (FIPE). Metodologia. A análise se baseou na aplicação de métodos de estatística descritiva e modelos econométricos de regressão. A estatística descritiva foi utilizada para identificar as associações mais relevantes entre variáveis de caracterização das unidades de consumo, principalmente renda e nível educacional, e variáveis referentes ao consumo de FLV. A partir da análise descritiva foram especificados modelos de regressões lineares múltiplas, visando estimar relações entre variáveis explicativas do consumo de frutas, legumes, verduras e do agregado das FLVs. Os modelos foram estimados a partir de especificações gerais até obter-se modelos finais. Resultados. As mais relevantes variáveis de impacto na aquisição de FLV são preço pago, renda familiar total, número de residentes no domicílio e grupo do alimento. A constatação de existência de relação inversa entre preço e quantidade adquirida de FLV e relação direta entre renda e aquisição de FLV está em conformidade com o previsto na Teoria Microeconômica. Os resultados obtidos indicam, para alguns grupos, a relevância do fator qualidade dos produtos para explicar a demanda (demanda hedônica). Conclusão. Registrou-se a maior preferência do consumidor paulistano por frutas, em relação às hortaliças, mesmo pagando preços médios inferiores pelas últimas. Famílias com renda superior apresentaram menor consumo de FLV, revelando propensão a consumir produtos prontos ou semi-elaborados, bem como alimentação fora do lar. Os preços foram significativamente influenciados pela localização do ponto de venda e renda do consumidor, o que indica certa diferenciação na oferta de alimentos in natura.