Portfólio de P&D a partir de bases de patentes: uma adaptação da teoria de Markowitz para a indústria de petróleo e gás

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Rosa, Murilo José
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
P&D
R&D
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/96/96132/tde-21122021-171917/
Resumo: O processo de criação de portfólios de P&D é fundamental para que empresas possam competir em mercados e sustentar seus negócios em ambientes com mudanças constantes. Junto com essa tarefa vem o desafio dos gestores em escolher as melhores tecnologias para estabelecer apostas consistentes, com chances de sucesso e baixos riscos atrelados. Para apoiar a seleção nesses critérios, esse estudo propõe uma adaptação do modelo de Markowitz a partir de base de patentes, trazendo o caso da indústria de Petróleo e Gás como aplicação. A tese traz como principal contribuição, a criação de um Método Adaptado para Identificação e Otimização de Portfólios de investimento em P&D (MAIOP) que tem como intento transformar as citações de patentes na principal variável de entrada do modelo matemático de programação não-linear de média-variância. Os resultados para o setor de Petróleo e Gás, que contaram com dados de patentes de 81 empresas ao longo do período entre 2009 e 2018, evidenciaram que a gestão dos riscos diversificáveis através da adoção do MAIOP pode ser uma opção para que gestores preocupados em diversificar suas iniciativas de P&D possam adota-lo como ferramenta dentro do processo de seleção de portfólios. A forma encontrada para compatibilizar o uso do modelo de média-variância nesse ambiente de base de patentes foi com a utilização do campo tecnológico representado pelas classificações tecnológicas presentes no International Patent Classification (IPC). Através dos subgrupos de IPCs foi possível estabelecer um conjunto de opções de investimento a serem analisadas pelo modelo matemático e que trouxe recomendações de investimento em IPCs a partir da criação de portfólios com a variação da condição de contorno risco. Para a aplicação em Petróleo e Gás também foi feito, além da análise do setor, 3 outras para cada um dos elos da Cadeia de Suprimento, que contemplava empresas com atuação no upstream, midstream e downstream. Por fim, a construção do MAIOP também gerou uma série discussões sobre os impactos dessa adaptação frente as questões de consistência dos dados, semelhanças em relação a aplicação original no ambiente de finanças, bem como a adequada leitura dos resultados de saída no nível empresarial.