Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Flóro, Lisiane Fonseca Diogo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-02092016-164402/
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Resumo: |
A sala de recurso multifuncional (SRM) é o serviço designado para desenvolver o atendimento educacional especializado, com vistas a prover apoio em caráter complementar ou suplementar, no contraturno, aos alunos/as com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento (TGD) e altas habilidades/superdotação (AH/SD), matriculados/as na classe comum. Utilizando-se de referenciais teóricos do currículo, que compreendem a escola como um espaço dotado de significados, que sofre influências sociais, culturais, políticas, ideológicas etc., em um processo dinâmico que perpassa prescrições ditadas pelo Estado, produções didáticas e as relações dos sujeitos (FORQUIN, 1993; LOPES, 2002; YOUNG, 2007; GIMENO SACRISTÁN, 2000) questiona-se: existem orientações curriculares previstas para o trabalho pedagógico nas SRM? Que interfaces existem entre o currículo da classe comum e o que é desenvolvido nas SRM? Quais conhecimentos são priorizados nessas salas? Desse modo, estabeleceu-se como objetivo de pesquisa investigar as orientações curriculares para o atendimento educacional especializado, nas SRM, a partir da análise da política de educação especial de um município paulista, a saber, a cidade de Franca/SP. Para tanto, a abordagem qualitativa foi a opção adotada, com o uso de um conjunto de técnicas: levantamento e análise documental (legislação nacional, referenciais curriculares nacionais e municipais, projetos políticos-pedagógicos e planos de aulas das SRM); entrevistas semiestruturadas com cinco professoras especializadas das SRM, de três escolas municipais; e observação in loco das práticas das mesmas profissionais, utilizando como forma de registro, caderno de campo. Dentre os resultados da pesquisa, identificou-se que Franca produziu, em 2008, um referencial curricular que contempla aspectos da educação desse alunado, subsidiado pelos Parâmetros Curriculares Nacionais Adaptações curriculares, estratégias para a educação do aluno com necessidades educacionais especiais (BRASIL, 1999), mas, pouco se faz uso do documento municipal nas práticas na SRM. Nesse serviço de educação especial, prevalecia o uso da Coleção A educação especial na perspectiva da inclusão escolar (BRASIL, 2010), que fundamentava um trabalho com materiais concretos e simbólicos e o aprendizado de linguagem, códigos e recursos tecnológicos para garantir a comunicação e o acesso ao currículo da classe comum. E, em meio às práticas que priorizavam atividades de leitura e escrita, poucos foram os registros e questionamentos sobre quais conteúdos deveriam ou não ser contemplados, em relação ao estabelecido no referencial municipal para a idade/série dos alunos, o que pode vir a justificar atividades de diferenciação e/ou minimização de conteúdos. |