Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Miranda, Bruna de Castro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10137/tde-25082017-161850/
|
Resumo: |
A quimioterapia metronômica é uma modalidade terapêutica onde o agente quimioterápico é administrado em baixas doses, em curtos intervalos e continuamente, diferente da quimioterapia em dose máxima tolerada. Dirigida contra células tumorais e outros tipos de células, como as endoteliais e do sistema imunológico, a metronômica altera o microambiente tumoral e suprime características inatas que apoiam o crescimento dos tumores. O objetivo deste trabalho foi analisar prospectivamente o uso da quimioterapia metronômica com lomustina em pacientes com mastocitoma cutâneo, seus efeitos adversos e comparar com o protocolo de vimblastina e prednisona. Para tanto foram incluídos neste estudo 40 neoplasias obtidas de 32 cães de ambos os sexos e idades variadas, com o diagnóstico citológico e histopatológico de mastocitoma cutâneo, os mesmos foram divididos em dois grupos de forma randomizada. O grupo VP foi tratado com vimblastina na dose de 2mg/m² e prednisona por 12 sessões e o grupo LP foi tratado a metronômica com lomustina na dose de 2,84mg/m²/VO por 4 meses. Quanto à classificação histopatológica dos tumores estudados 67,5% (27/40) das formações mostrou graduação intermediária, correspondendo a grau II/baixo grau. Os efeitos adversos foram avaliados de acordo com os critérios do VCOG. Dos pacientes pertencentes ao grupo VP 62,5% (5/16) apresentaram algum tipo de efeito adverso, sendo os mais frequente os efeitos sob o trato gastrointestinal como: disorexia, anorexia, êmese e diarreia ocorrendo em cinco pacientes (5/16), seguido de leucopenia em três animais (3/16). No grupo LP 50% (8/16) dos pacientes tiveram algum tipo de efeito adverso, o mais comum foi êmese, sendo que apenas um cão apresentou efeito adverso classificado em grau III. Os dois protocolos foram bem tolerados pelos pacientes e não houve significância estatística sobre os efeitos adversos de ambos os grupos (p=0,715). A trombocitose foi a síndrome paraneoplásica mais observada, acometendo 25% de todos os animais (8/32), apresentando significância estatística em relação ao temo de sobrevida global (p=0,000049). A média de sobrevida do grupo VP foi de 404,25 dias (104-815dias) enquanto que do grupo LP foi de 320,25 dias (83-669). Não houve diferença estatística entre os grupos de acordo com o tempo de sobrevida (p=0,662) e o tempo livre de recorrência (p=1). A quimioterapia metronômica com lomustina teve boa aceitação junto aos proprietários dos animais, já que é administrada por via oral e os efeitos adversos foram toleráveis e pouco frequentes. |