Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Pinto, Renata dos Santos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/21/21137/tde-19072024-091815/
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Resumo: |
A contaminação de ecossistemas marinhos tem sido tema de estudo e discussão nas últimas décadas devido às inúmeras evidências dos efeitos crescentes do impacto humano sobre o ambiente durante o antropoceno. Neste contexto, os poluentes orgânicos persistentes representam alguns dos compostos químicos sintéticos de crescente preocupação devido ao seu caráter conservativo, já que persistem por longos períodos no ambiente e são extremamente resistentes à degradação. O objetivo do presente estudo foi analisar a presença e variabilidade de POPs, tais quais PCBs, DDTs, Mirex, HCB e PBDEs, em amostras de tecido hepático das espécies Calonectris borealis e Calonectris diomedea (Procellariiforme) coletadas no litoral Sul e Sudeste do Brasil durante o período de migração. PCBs foram detectados em todas as amostras analisadas (n=29). O congênere PCB-153 foi o predominante entre os indivíduos, com concentração entre 82,22 a 5557 ng g-1, sendo identificado em 100% das amostras. Já o p,p-DDE foi o pesticida organoclorado (OCP) dominante (30,83 - 8883 ng g-1), seguido pelo Mirex (9,9 - 507,4 ng g-1) e HCB (1,62 - 53,83 ng g-1), presentes em todos os indivíduos analisados. Os PBDEs apresentaram valores entre 0,40 -41,54 ng g-1, sendo que 70% das amostras estavam abaixo do Limite de Quantificação do Método (LQM). O congênere BDE-154 foi o predominante entre os PBDEs, presente acima do LQM em 17,3% dos indivíduos. Estes resultados podem contribuir para uma melhor compreensão das tendências atualmente encontrados para a distribuição de poluentes orgânicos persistentes em populações de aves marinhas migratórias e reforçam a possibilidade de utilização destas espécies e, especificamente, de tecido hepático, como eficientes bioindicadores para o monitoramento da contaminação destes poluentes em ambientes marinhos. |