Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Silva, Fernanda Machado da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-19022009-140538/
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Resumo: |
Apesar de pais e mães de crianças com câncer estarem em um processo interativo nos cuidados ao filho, pouca atenção tem sido dada às maneiras como a doença da criança afeta a relação conjugal desses casais. O objetivo deste trabalho foi compreender as repercussões do câncer infantil na relação conjugal de pais e mães de crianças com câncer, na experiência da doença de seus filhos. Trata-se de um estudo exploratório, de abordagem qualitativa. Participaram do estudo nove casais, totalizando 18 sujeitos. Utilizamos a entrevista em profundidade como principal técnica de coleta de dados, e a consulta em prontuários como recurso auxiliar para obter dados importantes da criança e de seus pais. A análise dos dados empíricos foi feita por meio da análise de conteúdo indutiva. Os resultados foram agrupados por similaridades nas seguintes categorias: a trajetória do casal na experiência do câncer infantil: as primeiras mudanças; o câncer infantil, o relacionamento conjugal dos pais e o papel da comunicação: fragilidades e potencialidades; alterações na dinâmica familiar e implicações para o casal: trabalho, lazer, papéis e relações de gênero; e enfrentando o desafio juntos: balanço da experiência e expectativas do casal. O presente estudo não objetivou distinguir se as mudanças ocorridas na relação conjugal desses pais e mães foram positivas ou negativas, mas, sim, mostrar que alguns aspectos contribuem para o estremecimento da relação desses homens e mulheres. Entretanto, alguns casais vivenciam aspectos que promovem o fortalecimento da relação com o cônjuge no contexto de doença da criança. O estudo evidenciou a importância da comunicação como um dos pilares do relacionamento conjugal desses casais, a necessidade da oferta adequada de apoio social, principalmente vindo do próprio cônjuge e a relevância das questões de gênero nos aspectos relacionados à sexualidade e intimidade do casal e no intercâmbio de papéis que se faz necessário durante a trajetória da doença. Os resultados deste estudo contribuem para que os profissionais de saúde, dentre eles o enfermeiro, tenham o casal como importante foco de seu cuidado, voltando-se para suas necessidades e ajudando-os a reconhecer as fortalezas no relacionamento com o cônjuge durante as adversidades, oportunizando e incentivando o diálogo e a parceria para lidar com os desafios impostos pela doença da criança. |