Bangüês, engenhos centrais e usinas: o desenvolvimento da economia açucareira em São Paulo e a sua correlação com as políticas estatais (1875-1941)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Meira, Roberta Barros
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8137/tde-07032008-095359/
Resumo: Este estudo pretende contribuir para as análises sobre a agroindústria açucareira e alcooleira no estado de São Paulo. Nosso enfoque principal serão as políticas estatais voltadas para o setor realizadas no período entre 1875-1941. Em 1875, o Governo Imperial aprovou a lei nº. 2687, que tinha como objetivo modernizar a produção açucareira do país. Esse decreto garantia os juros para todas as companhias que construíssem Engenhos Centrais. Esse sistema baseava-se na separação da agricultura e da fábrica. Porém, na Província de São Paulo, a maioria desses engenhos centrais faliu. Apesar disso, os engenhos centrais criariam as bases para a introdução das usinas. Assim, a Primeira República incentivaria a solução defendida por muitos produtores de açúcar e técnicos dos antigos engenhos centrais: as usinas. Retomar-se-ia então o velho sistema de unidade agrícola e industrial, com o aumento sempre crescente da produção da cana própria e a independência em relação ao fornecedor de cana. A produção açucareira na Primeira República foi marcada pela grande instabilidade dos preços do açúcar e pelo surgimento de importantes grupos de comerciantes e refinadores. A grande queda nos preços (1929-1930) solidificou a idéia geral da necessidade de controlar a produção dos estados para evitar a superprodução. É devido a esse contexto, o poder que foi dado ao Estado para intervir no setor canavieiro a partir da Revolução de 1930. Em 1933, foi criado o IAA, principal expoente da intervenção estatal. Concluiremos nosso trabalho em 1941, ano da declaração do Estatuto da Lavoura Canavieira, um dos mais importantes decretos voltados para a proteção dos fornecedores, que estavam perdendo progressivamente as suas terras para os usineiros.